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Em 2 anos, Prefeitura de BJ recebeu mais de R$ 30 milhões do Governo Federal para a saúde

Recursos milionários não traduzem em melhorias na saúde pública do município, segundo as constantes denúncias de problemas

Reprodução / Internet

Em meio ao sucateamento da saúde pública municipal de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, com graves denúncias de falta de medicamentos básicos na farmácia popular; de negligência médica no atendimento do Hospital Júlio Alves de Lira/UPA 24h, unidade que por sinal não teve a sua reforma concluída e por isso encontra-se com área interditada; atrasos de salário de servidores da pasta; acidente com ambulância em estado precário; viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) alugada e sem reparos após se envolver também em acidente, entre outras denúncias, o município recebeu, de janeiro de 2017 até a presente data, cerca de R$ 31 milhões em verba federal destinada à saúde. Os dados são da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, do Governo Federal.

+ Mesmo após acidente no Recife, ambulâncias de BJ continuam rodando com problemas

Reportagem/BJ1

De acordo com o MS, os recursos repassados aos estados e municípios são destinados para ações de vigilância em saúde, assistência farmacêutica, atenção básica, média e alta complexidade, atenção especializada, gestão e investimentos. “Em 2017, o município de Belo Jardim, no estado de Pernambuco recebeu do Governo Federal, R$ 13,9 milhões. Esse montante em 2018, já chega a R$ 17,2 milhões até a data de hoje. Em 2017 foram repassados R$ 13,9 milhões, sendo que destes, R$ 6,1 milhões são referentes ao Teto Mac e R$ 5,9 milhões são referentes a Atenção Básica”, informou o Ministério.

Área em reforma do HJAL já com problemas

Reportagem / BJ1

A área do hospital municipal que desde a gestão do ex-prefeito cassado, João Jatobá, não teve a sua reforma concluída, já apresenta problemas em setores já reformados, a exemplo de paredes com infiltração, mofo e salina.

Mortes no Hospital

Entre abril e agosto deste ano, duas crianças de 12 e 2 anos morreram, e um bebê nasceu morto no Hospital Júlio Alves e Lira / UPA 24h. Familiares das crianças acusam a unidade hospitalar de negligência no atendimento.

Falta de equipamentos

Único monitor cardíaco do HJAL | Reportagem / BJ1

Denúncias de falta de equipamentos no Júlio Alves de Lira para que sejam realizados atendimentos de média complexidade também são constantes. Segundo apurou nossa reportagem, a unidade de saúde há muito tempo não conta mais com aparelho de ultrassonografia. Além disso, a disponibilidade de monitores cardíacos também é deficiente. Fontes ouvidas pela reportagem contaram que a unidade antes tinha dois equipamentos de acompanhamento cardíaco, mas que um deles por ser locado a Secretária Municipal de Saúde teria optado por encerrar o contrato de locação, ficando a unidade com apenas um aparelho do tipo. Outra problema na unidade também revelado por uma fonte ouvida é a falta de papel para a impressora do aparelho de eletrocardiograma. Segundo apuramos, o material chega a faltar com frequência, fator que impede a realização do exame.

Acidente com ambulância

Reprodução/Facebook/Trends do Curado

No dia 12 de setembro uma ambulância da Secretaria de Saúde de Belo Jardim capotou com seis pessoas. Entre as vítimas, estavam duas gestantes que perderam os bebês. A viatura, segundo relatos, estava em péssimas condições, com pneus carecas e falta de manutenção. O Corpo de Bombeiros informou que uma das possíveis causas do acidente teria sido excesso de velocidade.

Da Redação

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