Belo Jardim

Efeitos do coronavírus começam a ser sentidos pelo comércio

Lojas adotaram férias coletivas e funcionários temem demissões

Arquivo/Reprodução

A quarentena imposta pelo Governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) começa a impactar o comércio varejista de Belo Jardim, no Agreste. Lojas de roupas, calçados e eletrodomésticos são as mais afetadas.

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A principal loja de Calçados da cidade, a RR, deu férias coletivas a boa parte dos funcionários. Segundo o gerente de uma das lojas da rede, que fica localizada na Praça da Conceição, Celso Martins, a RR começou a sentir os abalos com o fechamento do comércio.

“São coisas que vamos ver daqui para frente, se vai existir demissão. Logicamente que agora no meio do ano, como em todos os anos, tinha contratações e agora não vai ter”, explicou. A RR Calçados, na Praça da Conceição, contratava geralmente cerca de 12 pessoas para o período junino.

Julião Júnior proprietário do Lojão Vem Pracá, do ramo de roupas, relata que até o momento ainda está conseguindo arcar com as despesas, mas não sabe por quanto tempo. “Caso essa crise se alongue terei que tomar medidas mais drásticas, como demissões dos funcionários, o não pagamento dos impostos, e o pôs crise começar do zero, tenho uma despesa mensal de R$15,000 mil, já dar para você ver aí o tamanho da gravidade”, contou. O empresário deu férias coletivas aos funcionários.

A Magazine Luiza em Belo Jardim a princípio adotou o trabalho em meio tempo, logo após os novas determinações do Governo de Pernambuco decidiu, desde o último domingo (22), dá férias coletivas a todos os funcionários. Inicialmente seria pelo período de 15 dias, logo após determinou que estenderia o prazo para 30 dias.

Funcionários estão com receio de haver demissões na volta das férias coletiva e temem perder o emprego em meio à crise econômica que o país já começa a passar devido à pandemia do coronavírus.

Índice de Confiança do Empresário do Comércio em PE

A propagação do Covid-19 começa a impactar a confiança do industrial do Estado. É que, segundo levantamento deste mês feito pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), a confiança do empresário apresentou sua primeira queda desde maio de 2019, quando o resultado chegou aos 53,8 pontos em razão da morosidade das reformas no Congresso Nacional.

Índice de Confiança do Empresário do Comércio do Brasil

Levantamento em março revela que os impactos da pandemia do novo coronavírus começaram a ser sentidos pelo varejo brasileiro. O índice atingiu 128,4 pontos, maior patamar desde dezembro de 2012 (129 pontos), mas com queda de 0,2% em relação a fevereiro, interrompendo quatro meses consecutivos de alta. 

A pesquisa foi divulgada na segunda-feira (23) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Da Redação

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