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Perito criminal derruba versão de que Hélio dos Terrenos sofreu atentado

O especialista classificou como “tecnicamente inviável” que os disparos que atingiram o carro de Hélio tenham sido disparados com o veículo em movimento, como afirmou o réu em depoimento

Reprodução/TV Asa Branca/Internet

Nervoso e impaciente, o prefeito de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, Hélio dos Terrenos (PTB), participou, no banco dos réus, de audiência criminal realizada no Fórum Municipal, na tarde desta terça-feira (26). Hélio responde ao crime de falsa comunicação de crime no caso em que afirma ter sofrido uma tentativa de homicídio. Após cerca de quatro horas de audiência e apesar da expectativa da defesa por um acordo, após ouvir os depoentes, o promotor Daniel de Ataíde pediu vista do processo.

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Hélio dos Terrenos alegou ter sofrido o atentado durante campanha eleitoral em 2016. Na época, Hélio afirmou ter sido alvo de tentativa de homicídio e apresentou a Polícia um carro com marcas de tiros.

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Nesta terça-feira, um dos depoimentos mais reveladores foi o do perito criminal da Polícia Civil de Pernambuco, Gilmario dos Anjos Lima, que classificou como “tecnicamente inviável” que os disparos que atingiram o carro de Hélio tenham sido disparados com o veículo em movimento, como afirmou o réu em depoimento à Polícia Civil em 2016 e reafirmou na presença do juiz criminal.

Para Gilmario, o carro estava parado. Além disso, ele afirma ser “pouco provável” que os disparos tenham sido feitos por dois atiradores tendo em vista o ângulo e o direcionamento dos dois primeiros tiros que atingiram o veículo, no capô e próximo ao farol de milha direito, respectivamente.

De acordo com o perito, os dois disparos têm a mesma direção e para que duas pessoas tenham atirado ao mesmo tempo atingindo o local onde as balas perfuraram, um deles teria que estar de joelhos na frente do outro atirador e os dois teriam de puxar o gatilho na mesma fração de segundos e na mesma direção.

As alegações do perito criminal foram baseadas no depoimento do réu, em testes de direcionamento balístico e simulações realizadas no veículo e no local do ocorrido. Já a perícia de dano ao veículo, feita pelo perito criminal Wellison José da Silva, concluiu o laudo afirmando que o carro estava em movimento, porém o documento não é conclusivo quanto ao que levou o perito a tal afirmação. Ainda no laudo, o perito identificou apenas três tiros que atingiram o automóvel, quando na verdade foram quatro.

A audiência contou ainda com o depoimento do segurança particular de Hélio dos Terrenos, na época do suposto atentado, um Policial Militar, do vigilante do Condomínio Heliópolis e de um empresário que reside no condomínio e acionou a polícia, logo após Hélio ter pedido socorro em sua casa.

Da Redação

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