Governo ‘pendura’ aumento da luz pensando nas eleições, diz Mendonça Filho
O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), condenou as medidas anunciadas há pouco para tapar o rombo das distribuidoras de energia elétrica e financiar as termelétricas. O parlamentar considera inaceitável o consumidor arcar com os prejuízos de uma medida eleitoreira da presidente Dilma que interferiu no setor elétrico sem medir as consequências para proporcionar uma suposta queda na tarifa da conta de luz.
“Esta é a primeira conta do desastre de gestão da presidente Dilma Rousseff que, além de ter quebrado o setor elétrico, passa para o povo a conta salgada de sua medida populista e eleitoreira”, opinou Mendonça Filho.
Na prática, o contribuinte já está pagando a conta com os aportes do Tesouro Nacional que agora passaram dos R$ 9 bilhões já anunciados para R$ 13 bilhões pela Conta de Desenvolvimento Energético (CEE) para o ano de 2014. Outros R$ 8 bilhões serão usados por meio de empréstimos para as distribuidoras de energia. Esse valor, admite o governo, será pago diretamente pelo consumidor com aumento na conta de luz no próximo ano empurrando a medida impopular para depois das eleições.
O democrata criticou ainda o fato de o governo ter anunciado novos repasses para suprir os caixas das distribuidoras sem, no entanto, informar a repercussão tributária, ou seja, de quais fontes virão os recursos.
Além disso, o ministro Guido Mantega divulgou que pode haver um aumento escalonado na tarifa de energia, porém, não informou qual será o percentual e nem quando isso exatamente ocorrerá. “É inacreditável. O consumidor dependerá do resultado do novo leilão de energia e do volume de chuvas este ano. O brasileiro terá que apelar para São Pedro para tentar evitar ainda mais prejuízos. Um absurdo”, completou.