Em entrevista à Bitury, Ladiel Lima fala sobre dificuldades que pessoas com deficiência sofrem em Belo Jardim

Segundo ele Belo Jardim carece de políticas voltadas para Pessoas Com Deficiência (PCDs)

Rádio Bitury/ Luana Cavalcante

Ladiel Lima falou sobre as dificuldades que Pessoas com Deficiência (PCDs) sofrem em Belo Jardim e da necessidade de políticas públicas voltadas para essa parcela da população, em uma entrevista na manhã desta quarta-feira (05/06) ao programa Conexão 98.  

Segundo Ladiel, de acordo com o último senso, Belo Jardim tinha cerca de 3.100 pessoas com algum tipo de deficiência, porém existe a falta de ações e atenção as necessidades básicas dessas pessoas. 

“Quando eu comecei perder a visão eu precisei de ajuda e apoio e o único órgão que eu procurei, e que acredito que por lei deveria me dar toda a assistência, foi o órgão público. E esse foi justamente onde eu encontrei a maior dificuldade”, disse ele, que completa informando que hoje os PCDs não recebem qualquer apoio do poder municipal.  

Ele também alerta para a falta de transportes adequados e cursos de qualificação e reabilitação para que as pessoas com deficiência possam voltar a sua área de trabalho, pois um PCD ainda tem condições de contribuir para a cidade. Ladiel ainda completa informando que o que a comunidade precisa é de apoio e respeito às leis que defendem os seus direitos. 

Outra questão citada na entrevista foi da acessibilidade, segundo ele o principal problema são os órgãos públicos “se um cadeirante hoje precisar ir na prefeitura, que é a casa do povo, por exemplo não consegue. Não conseguir subir, porque não tem maneira nenhuma de chegar lá”. 

Ladiel também denunciou a falta de estrutura para que pessoas com deficiência possam andar pela cidade com independência, pois não existem sinais de trânsito sonoros e um cadeirante ou deficiente visual não consegue circular pelas calçadas com tranquilidade.  

“Eu me sinto mais seguro em andar na capital, com aquele trânsito louco, do que em Belo Jardim”, disse ele em uma parte da entrevista e completou informando que em alguns pontos da cidade é mais seguro andar pelas ruas, devido as condições precárias das calçadas. “Se um cadeirante for andar nas calçadas aqui do centro ele vai ter dificuldades. Não existem rampas, algumas pessoas colocam barracas de lanches, chegam até a estacionar motos, impedindo a passagem de que precisa” 

As dificuldades não param nessas questões, segundo Ladiel, pois o município também carece de um transporte adequado, principalmente no que diz respeito ao transporte dos pacientes que fazem Tratamento Médico Fora do Domicílio (TFD), denunciou ele, “já vi um caso de um paciente que perdeu a consulta, pois a cadeira de rodas dele não cabia no carro”, relatou. 

Da Redação

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