Congressistas divergem sobre reforma política
Texto de Mirella Araújo
extraído do Blog da Folha de Pernambuco
Como não poderia deixar de ser, Governo e oposição divergem sobre os pontos polêmicos que estão na pauta da reformulação do sistema eleitoral político brasileiro. Para o Governo, o debate tem que ser feito nas ruas por meio de plebiscito, para resgatar a confiança da população na política nacional. Já a bancada de oposição questiona o tempo em que o Executivo tomou a decisão para tratar da reforma política, e acusa o Palácio do Planalto de estar fazendo “uma cortina de fumaça” com o tema para tirar o foco de questões essenciais como Saúde, Educação e Transporte Público de qualidade.
O deputado federal Mendonça Filho (DEM) é um dos que endossam o discurso de que o Governo quer esconder a crise social do País, colocando a reforma política em evidência. Mas, apesar de seguir esse raciocínio, o parlamentar se mostrou a favor de um novo modelo político democrático para o País. O democrata é a favor do sistema eleitoral feito através do voto distrital misto, onde os candidatos proporcionais são eleitos em parte nas cidades e estados que serão divididos em distrito, e a segunda metade por meio de uma lista aberta ou fechada feita pelos partidos. “Acho que o voto por distrito deveria ser misto, porque os partidos podem ter um acompanhamento melhor das regiões de maior apoio e dos candidatos”, argumenta Mendonça Filho. Em se tratando do fim da reeleição, proposta feita pelos próprios aliados do Governo Federal, o parlamentar se posicionou contrário ao tema. “Essa (reeleição) é uma determinação recente, instaurada em 97. Essa volatilidade pode prejudicar a estrutura política”. Mendonça Filho é autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que instituiu a reeleição para cargos executivos. A PEC da reeleição foi aprovada após três anos de tramitação, em 1997. As outras ideias continuam em discussão no Congresso, 13 anos depois de apresentadas…Leia Mais na Folha de Pernambuco