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Cecílio Galvão diz que prefeitura não repassou valores acordados para a saúde

“A prefeitura alegava não ter recursos”, disse Cecílio sobre o não repasse total dos valores

Foto: Érika Brito/Divulgação

O ex-secretário de Saúde de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, Cecílio Galvão, prestou contas na manhã desta quarta-feira (30) na Câmara de Vereadores do município, a convite do vereador Bruno Galvão (PT), sobre o período em que ficou à frente da pasta, de trinta de novembro de 2017 a dois de maio de 2018.

Na apresentação, Cecílio fez um balanço financeiro, técnico e apresentou supostas ações que foram desenvolvidas por sua equipe durante o tempo em que ficou no cargo de secretário de Saúde.

De acordo com dados apresentados pelo ex-secretário, em julho de 2017, durante o último mês da gestão provisória de Gilvandro Estrela (PV), a Secretaria de Saúde contava com 400 funcionários contratados. Em agosto do mesmo ano, já sob a administração de Hélio dos Terrenos (PTB), o número subiu para 519 funcionários. Já em setembro, a quantidade de funcionários com contrato na pasta saltou para 609. O que representa um aumento de 34% no número de funcionários contratados em relação ao mês julho.

Repasses da Prefeitura Municipal para o Fundo Municipal de Saúde

Ainda de segundo dados apresentados por Cecílio Galvão, foi firmado acordo com a Prefeitura Municipal para que se fosse repassado por mês, a partir de janeiro de 2018 ao Fundo Municipal de Saúde (FMS), o valor de R$ 1.600.000,00, desse total, R$ 200.000,00 seria destinado ao pagamento do convênio com o Hospital particular Santa Fé. Restando para os cofres da secretaria o montante de R$ 1.400.000,00, que somado por quatro meses, janeiro, fevereiro, março e abril, daria o valor de R$ 5.600.000,00 de repasse da Prefeitura para o FMS. Segundo o ex-secretário, só foi creditado em conta da Secretaria de Saúde, até sua exoneração da pasta, o valor de R$ 3.487.205,37, um déficit de R$ 2.112.794,63 em relação valor acordado com a prefeitura. “A prefeitura alegava não ter recursos”, disse Cecílio sobre o não repasse total dos valores.

Ao apresentar todos os números, Cecílio Galvão foi categórico ao afirmar que “o auge do descaso da saúde de Belo Jardim aconteceu no mês de abril”, quando se foi repassado mais dinheiro ao Hospital Santa Fé do que para a Secretaria de Saúde. Conforme os valores apresentados pelo ex-secretário, excluindo os impostos IRPF e INSS, a prefeitura depositou o montante de R$ 95.000,00 para a secretaria, ou seja, deixaram de ser repassados para a saúde pública de Belo Jardim no mês de abril R$ 1.305.000,00. Já para o pagamento do convenio com o Santa Fé, foram repassados R$ 250.000,00.

Da Redação

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