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Após descoberta de ‘rachadinha’, vereador e dois assessores são afastados em Timbaúba

Polícia Civil realizou, nesta quinta (17), segunda etapa da operação Hora Extra, na Câmara de Vereadores da cidade, na Zona da Mata Norte.

Material apreendido na Operação Hora Extra II, deflagrada em Timbaúba — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Um esquema de “rachadinha” foi descoberto na Câmara Municipal de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Nesta quinta (17), um vereador e dois assessores envolvidos no desvio de recursos públicos foram afastados dos cargos, segundo a Polícia Civil.

Além disso, a corporação descobriu o envolvimento de outro servidor do Legislativo municipal no uso indevido de verbas públicas. Esses casos foram alvos de investigações realizadas durante a operação Hora Extra II.

Essa operação é um desdobramento de uma ação deflagrada em setembro deste ano, na Câmara de Vereadores de Timbaúba. Na época da operação Hora Extra I, o presidente do Legislativo foi afastado e a polícia pediu o sequestro de R$ 400 mil em bens.

Os detalhes da Operação Hora Extra II foram repassados em entrevista coletiva concedida na sede da polícia, na área central do Recife, no fim da manhã desta quinta.

As duas fases da operação foram comandadas pelo delegado Diego Pinheiro, titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção do Departamento de Combate ao Crime Organizado (Dracco).

Segundo a polícia, a segunda etapa da operação foi montada a partir de indícios de crimes constatados na primeira fase, em setembro. O delegado disse que foram recolhidos celulares, computadores e documentos.

“Informamos hoje [quinta] o afastamento do vereador e de dois assessores. O parlamentar ficava com o cartão de salário dos trabalhadores”, disse o delegado Diego Pinheiro.

Outro fato descoberto foi o envolvimento de um servidor da Câmara Municipal em um esquema irregular de uso de verbas públicas.

A polícia disse que ele estaria recebendo valores indevidos de um dos fornecedores do Legislativo. também teria desviado dinheiro ao fazer pagamentos de notas fiscais falsas, por serviços que não foram prestados.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Timbaúba. Eram 11 de busca e apreensão domiciliar, três suspensão do exercício de função pública e ordens judiciais de sequestro de bens e valores.

As ações aconteceram em Timbaúba, Camutanga, Paudalho, Olinda e Recife Os nomes dos afastados não foram divulgados. Os bens e valores que tiveram pedido de sequestro chegam a mais de R$ 127 mil.

Segundo a Polícia Civil, a investigação começou em agosto de 2021, a partir de um pedido do Ministério Público de Pernambuco, com base numa auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Participam da operação 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. O material apreendido foi encaminhado para o Complexo de Operações Policiais, em Olinda.

Por G1PE

Da redação

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