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Você pode estar sofrendo com a síndrome de Burnout, classificada como doença ocupacional pela OMS

É importante estar atento e ouvir os sinais do seu corpo e da sua mente

Imagem: Pixabay

Falta de motivação, sensação de esgotamento físico e mental, vontade de se isolar. Irritabilidade, pessimismo, dificuldade de concentração, ansiedade. Dores de cabeça e nas costas, fraqueza, mudanças bruscas de humor, insônia, lapsos de memória. A combinação de todos esses sintomas tem nome: Síndrome de Burnout, (ou Síndrome do Esgotamento Nervoso).

 

A síndrome, que foi definida pelo psiquiatra alemão Herbert Freundeberg em 1974, pode ser desenvolvida em resposta ao estresse excessivo e prolongado de atividades relacionadas ao trabalho. A palavra Burnout, de origem inglesa, é resultante de duas outras: burn, que significa “queimar” e out, que quer dizer “fora”. Em tradução para o português, o termo expressa “queimar por completo”. O estado de exaustão intensa nos níveis físico e mental faz com que um indivíduo se sinta sobrecarregado a ponto de tornar-se incapaz de responder às demandas constantes de sua função no trabalho.

 

O estresse faz parte da vida de todos nós, principalmente devido ao excesso de atividades que exercemos e às inúmeras possibilidades da vida moderna. Entretanto, é importante estar atento a quando esse estresse se torna nocivo e insalubre. Todo profissional conhece alguém da área que já abandonou a profissão, ou que até mesmo precisou se afastar de suas atribuições por estar à beira de um colapso. Outros profissionais reconhecem esses sintomas, porém se tornam relutantes em procurar ajuda por considerar que se sentir de determinada forma é inerente ao status de sua ocupação.

 

Alguns dos principais fatores associados à Síndrome são condições ruins de trabalho, carga horária excessiva, baixa remuneração, dificuldades na gestão administrativa da empresa ou ainda condições desfavoráveis na organização.

 

Com isso, a síndrome de Burnout passou a ser considerada doença ocupacional em 1º de janeiro, após a sua inclusão na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na prática, significa que agora estão previstos os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários assegurados no caso das demais doenças relacionadas ao emprego, mas, claro, há a necessidade de comprovação mediante perícia e atestado médico.

 

Sintomas da Síndrome de Burnout

 

  • Negatividade constante
  • Dores no corpo
  • Cansaço físico e mental em excesso
  • Dificuldade para concentrar-se em tarefas diárias
  • Insatisfação sobre aquilo que faz
  • Alterações de humor e memória
  • Falta de energia para manter hábitos saudáveis

 

Dicas para fugir da Síndrome de Burnout

 

Antes de qualquer coisa, é preciso abandonar o lema “meu nome é trabalho”. E, sempre que surgir os primeiros sinais de esgotamento profissional, é importante focar em estratégias que ajudam a reduzir o estresse, como:

 

  • Traçar pequenos objetivos na vida pessoal e profissional;
  • Realizar atividades que fujam da rotina diária, como um passeio no parque, ir ao cinema ou comer em um restaurante;
  • Não se esquecer de atividades de lazer com amigos e familiares;
  • Evitar contato com pessoas que estejam constantemente reclamando de tudo e de todos;
  • Fazer pelo menos 30 minutos por dia de alguma atividade física, como caminhada, andar de bicicleta ou ir à academia;
  • Conversar com alguém de confiança sobre o que está sentindo
  • Procurar ajuda médica e psicológica para o problema.

 

Como se trata a Síndrome de Burnout?

 

O tratamento para Síndrome de Burnout deve ser orientado por um psicólogo ou até mesmo médico psiquiatra, mas, em alguns casos, é recomendado que a pessoa tire umas férias, realize atividades relaxantes e evitar o excesso de trabalho, reorganizando os objetivos mais exigentes que tinha planejado.

 

Por Nova Escola/G1/BJ1

 

Ana Karina

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