Da Redação BJ1
Em entrevista ao programa Janela Livre, da Rádio Bitury, desta quarta-feira (25), o vereador Rafael Lopes (PMDB), denunciou um suposto desvio de verba pública no abate de animais do antigo matadouro e do matadouro improvisado do município de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a denúncia apresentada pelo parlamentar, o dinheiro arrecadado pela prefeitura e declarado a Câmara de Vereadores do município, referente aos animais abatidos nos anos de 2014 e 2015, é muito abaixo dos valores declarados pelos comerciantes e marchantes, que é pago pelo abate de cada animal.
O Corporativo de Receita Orçada com a Arrecadada a partir do dia 01/01/2014 até o dia 31/12/2014 declarada pela prefeitura com o abate de bovinos, caprinos e suínos, foi no valor de R$44, 000,00. Segundo dados apresentados pelo parlamentar, são abatidos 130 bovinos semanalmente, no valor de R$40 por cabeça, mais 60 suínos semanalmente no valor de R$16 por cabeça e 30 caprinos semanalmente no valor de R$8 por cabeça, multiplicando esses valores pelas 52 semanas do ano, dará um valor bruto de R$332, 800, 00. Ou seja, um déficit de R$288, 800, 00.
Já no ano de 2015 dos dias 01 de janeiro até 31 de dezembro, o valor declarado pela prefeitura foi de R$61, 819,46. Multiplicando da mesma forma como no ano anterior, há um déficit de R$270, 819, 54.
Ambos os valores apresentados não contabilizam os abatimentos realizados nos distritos de Xucuru e Serra dos Ventos, que possuem matadouro próprio.
O vereador ainda explica que esses números apresentados são referentes à quantidade de abatimentos realizados no matadouro improvisado, que passou a funcionar após o dia 07/08/2014 quando o prédio do matadouro público do município explodiu devido a um problema na caldeira.
Na última sessão da Câmara de Vereadores, o parlamentar apresentou uma convocação, para que o secretário de agricultora, André Rocha e o gerente do matadouro, Rogério Rocha, ambos cunhados do prefeito, prestassem conta dos valores arrecadados nos anos de 2014 e 2015. A convocação foi negada por maioria de votos da bancada legislativa, onde a base do governo possui sete dos doze vereadores.
