Descaso

Sem ajuda da prefeitura, Faculdade de Belo Jardim passa pela maior crise da história

Segundo professores, em uma reunião para tratar do assunto, o prefeito Hélio dos Terrenos teria dito que “não há interesse em ajudar”

Reprodução/Internet

Preocupados com a triste situação da Autarquia Educacional de Belo Jardim/Faculdade do Belo Jardim, uma comissão de professoras efetivas procurou na manhã desta segunda-feira (26), o vereador e líder da oposição, Gilvandro Estrela, para relatar os inúmeros problemas que a entidade vem enfrentando nos últimos anos.

Segundo os docentes, em uma reunião para tratar do assunto, o prefeito Hélio dos Terrenos (PTB) teria dito que “não há interesse em ajudar”. A faculdade está totalmente sem apoio da prefeitura de Belo Jardim, que não cumpre com suas obrigações legais, como o repasses de verbas e aporte financeiro e o pagamento das Certidões Negativas de Débito (CND), o que põe em risco alguns cursos, que podem não dar o diploma ao aluno após a conclusão, segundo os professores.

O vereador Gilvandro Estrela, em entrevista ao BJ1, explicou que no ano passado ele apresentou uma emenda parlamentar na Lei Orçamentária Anual (LOA), que foi aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores, obrigando que a prefeitura do município realizasse o repasse financeiro a faculdade mensalmente.

“A emenda foi aprovada, onde se destinava R$ 1.800.000 para aquela instituição, mensalmente o prefeito tinha a obrigação de passar R$ 150 mil, sem falar nos R$ 30 mil que é o aluguel que foi acordado entre a prefeitura e a faculdade, para o colégio CEM, que lá funciona. Mas o prefeito não tem cumprido com suas obrigações, não tem dado o respaldo necessário”, afirmou.

O valor de R$ 180 mil que deveria ser destinado todos os meses pela prefeitura, não vem sendo pago, isso faz com que a faculdade não cumpra com suas obrigações, atrasando salários, não realizando a manutenção adequada.

Ainda segundo relatos dos professores, a estrutura física do local não oferece condições de trabalho para os docentes e prejudica na aprendizagem dos alunos. Falta cadeiras nas salas de aulas, as paredes estão sujas, os ventiladores em péssimas condições, por vezes chegou a faltar papel higiênico nos banheiros, entre os problemas que expõem o abandono da AEB por parte da prefeitura.

Ofícios relatando os problemas foram entregues ao Ministério Público, mas até o momento o PM não se pronunciou. Gilvandro Estrela se comprometeu em denunciar o caso na Câmara de Vereadores e acompanhar os professores para cobrar do MP um posicionamento sobre quais medidas serão tomadas em relação as denúncias apresentadas.

Da Redação

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