Belo Jardim

Prefeitura é investigada por pagar salário ao estuprador do Live que era foragido da justiça

Segundo denúncia do MPPE, estuprador constava na folha de pagamento da Secretaria de Ação Social com um nome laranja

Reprodução

A Promotoria de Justiça de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, por meio do promotor Daniel de Ataíde Martins, abriu inquérito civil para investigar o suposto vinculo empregatício de José Natalino da Silva, preso após estuprar duas jovens dentro de um banheiro no Live Musica Bar, em 2018, com a Secretaria de Ação Social da prefeitura do município.

O homem tem extensa ficha criminal, antes do estupro ele estava foragido do sistema prisional de Pesqueira desde o ano de 2006, pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Ele também tinha passagem pelo sistema prisional do estado de São Paulo.

Devido sua extensa ficha criminal e ser foragido da justiça, José Natalino da Silva não poderia receber salários de forma oficial na folha de pagamento da Secretaria de Ação Social, por esse motivo teria sido utilizado um nome laranja para que o homem pudesse receber salários.

Na época do crime chegou a levantar-se a hipótese do estuprador ter vinculo empregatício com a prefeitura, segundo a Polícia Civil. O BJ1 apurou que José Natalino da Silva é sobrinho de um cabo eleitoral da secretária de Ação Social e, devido a isso, teria conseguido entrar na folha de pagamento como um nome laranja. A relação do estuprador com a pasta também foi confirmada pela PC.

Em nota, “o promotor Daniel de Ataíde Martins informou que já recebeu resposta da Secretaria de Ação Social de Belo Jardim, que negou haver qualquer vínculo entre o investigado e a gestão municipal. O promotor destacou que o procedimento segue em andamento, de modo que ele continuará colhendo provas a fim de embasar seu posicionamento. Não daremos maiores detalhes visto que se trata de uma investigação em curso”.

A reportagem do BJ1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Belo Jardim, mas até o fechamento da matéria não se pronunciou sobre o caso.

Da Redação

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