Oito viaturas do Corpo de Bombeiros, além de veículos da Polícia Militar e equipes da Defesa Civil estão no local onde ocorreu o desabamento.
O prédio tem três andares, além do térreo, cada um com quatro apartamentos. Vizinhos relataram que cerca de 16 pessoas estariam vivendo no imóvel condenado há mais de uma década.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o cenário de destruição e os gritos de desespero de testemunhas.
Um dos blocos do conjunto desabou totalmente e o outro, parcialmente, segundo as equipes dos bombeiros.
“Temos duas frentes de trabalho. Cães indicaram onde estão possíveis vítimas. Agora, estamos, com ajuda de voluntários e da Defesa Civil, tentando fazer os resgates. Os prédios aqui, como um todo, estão condenados. Não era para as pessoas estarem morando aqui, habitando esse prédio”, disse o coronel Robson Roberto, do Corpo de Bombeiros.
A dificuldade nas buscas é ainda maior por causa da forte chuva, que pode, inclusive, ter contribuído para o desabamento do prédio.
Vizinhos contaram que o prédio do Conjunto Beira-Mar tinha rachaduras e que há anos não poderia mais ser ocupado, porque havia risco alto de desabamento.
A dona de casa Dilma Soares, que tem amigos que moram no prédio que desabou, correu para o local assim que soube da tragédia.
“Não sei como estão minhas amigas. Inclusive uma delas é mãe de duas crianças, que vivem aqui”, contou. “Eles sabiam que estava interditado, mas não têm para onde ir. A gente não pode julgar.”
VISTORIA FOI REALIZADA NO DIA ANTERIOR, SEGUNDO MORADORES
Moradores do Conjunto Beira-Mar relataram que técnicos da Caixa Seguradora estiveram nessa quinta-feira (6) no local e realizaram uma vistoria, constatando que não havia condições de pessoas morarem no local por causa do risco de desabamento.
Mesmo assim, o prédio não foi interditado e continuou sendo ocupado. A Prefeitura do Paulista ainda não se pronunciou oficialmente sobre a tragédia.
Por JC Online