A pré-candidata denominada por muitos como “laranja” do marido, o ex-prefeito cassado e condenado, João Mendonça Jatobá (sem partido), Isabelle Mendonça (PSB), fez uma publicação controversa nas redes sociais sobre o Hospital Júlio Alves de Lira. Ela relembrou a entrega da unidade de saúde, mas esqueceu de falar que o hospital ficou mais de um ano fechado.
Na postagem, ela escreveu: “em 2016 Belo Jardim recebeu o hospital completamente reestruturado e equipado. O resto é intriga da elite”. E concluiu. “Aqueles que representam as elites tentam enganar o povo com meias verdades e mentiras completas. Mas, por onde passam as marcas do nosso trabalho estão em todo lugar”.
Contudo, a pré-candidata omitiu que o Hospital Júlio Alves de Lira foi fechado por diversas irrealidades encontradas pelo Conselho Regional de Medicina do estado (Cremepe). Que à época, afirmou em relatório que a unidade estaria expondo pacientes a situações preocupantes e que causariam risco de morte, “como déficit nas escalas de plantão e instalações físicas precárias”, ressalta o documento.
Ela esqueceu ainda de falar que a obra do hospital passou mais de um ano para ser concluída e a população foi obrigada a buscar atendimento na Policlínica Professor Ulysses Lima, que não tinha capacidade e equipamentos para suportar o número de pacientes que procuravam atendimento. Muitas outras pessoas precisaram buscar atendimento particular.
Na gestão João Mendonça Jatobá o hospital era completamente abandonado, com equipamentos quebrados e em péssimas condições de uso, poucos funcionários e mal remunerados. Um ex-funcionário chegou a publicar a foto de um rato que circulava pelos corredores da unidade hospitalar.
Outro ponto controverso da postagem é quando Isabelle atribui aos grupos políticos adversários o status de “elite”. Sendo que, ela e o marido são proprietários de um luxuoso apartamento na Avenida de Boa Viagem, local mais caro para morar em Recife, avaliado em mais de R$ 3 milhões de reais.
Durante o período em que o marido foi prefeito em Belo Jardim, Isabelle e João moravam em Recife e passavam poucos dias por semana no município.
