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Policlínica Professor Ulisses Lima em Belo Jardim é alvo de denúncias por falta de estrutura e mau atendimento

Da Redação BJ1- Maicon Platiny

(Foto:Reprodução/Maicon Platiny)

Longas filas, calor, falta de copos para beber água, pacientes esperando ao lado de fora. Esse é o cenário da Policlínica Professor Ulisses Lima, em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco, constatado na manhã desta quarta-feira (13), durante a visita da equipe do BJ1. A cidade está em situação de emergência após o surto de doenças espalhadas pelo mosquito Aedes Eagypit.

 
Em entrevista ao BJ1, o mototaxista, Israel Manoel Sobrinho, de 40 anos, que acompanhou sua mulher com sintomas de chicungunha até a policlínica, reclamou da demora no atendimento.” fazem umas três horas que estamos aqui, fiz a ficha e ainda estou esperando chamarem ela para tirar a pressão e se consultar com o médico”, disse.

 
O mototaxista denunciou a falta de estrutura do local. “Os funcionários tratam os pacientes com ignorância. ” até copo falta para beber água, estamos bebendo água naqueles pequenos copos de café, e quando tem. O ar condicionado desligado, não tem ventilador e o povo morrendo de calor”, desabafou.

 

 

(Foto:Reprodução/Maicon Platiny)

Segundo a estudante Jéssica Myllena, de 18 anos, que esteve na Policlínica na noite da última segunda é se recupera da chicungunha, para ser atendido o paciente tem que gritar. “Demorei muito a ser atendida, fui lá segunda a noite, estava lotado, muita gente fritando de dor, eles só levam para o atendimento quem gritar, se não? pode esperar 1 horinha lá sentada”, disse

 
Um funcionário, que não quis se identificar, confirmou os relatos e classificou a falta de estrutura como o pior problema da unidade. ” falta medicamentos, insumos, não temos bloco um bloco cirúrgico, a população fia aquém, precisando se deslocar para Caruaru ou Recife para um simples procedimento ou um procedimento de alta complexidade”, detalhou.

 
De acordo com o funcionário, não há estrutura de trabalho na policlínica. “O banheiro entope e deixa o ambiente com mau cheiro, o prédio é cheio de infiltrações, os repousos são no meio dos atendimentos e os funcionários se alimentam no Samu”, desabafou. ” Condições zero para os funcionários”, concluiu.

 
O BJ1 procurou o secretário de Saúde, Diego Phelipe, para saber quais as ações da prefeitura para combater o surto das doenças. Após cinco dias de espera, o secretário enviou uma nota onde disse que todas as medidas estão sendo tomadas para combater o avanço da doença na cidade. ” A Secretaria intensificou campanha de prevenção ao Aedes Aegypti, por meio dos agentes de saúde e endemias, aumentou a frequência do fumacê nos bairros da cidade, foi criado uma central de atendimento à população com telefone celular para que o cidadão possa fazer denúncia de possíveis pontos de foco e assim a equipe da saúde vir com mais eficácia”.

 
Quanto as denúncias falta de estrutura, a nota apenas nega. ” em relação a denúncia sobre infiltração na policlínica e falar de medicamentos, nada disso procede”.

 

Reprodução

Edição de texto: Rochelly Pinho

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