Pernambuco tem saldo negativo na criação de vagas de emprego em julho

O Estado perdeu 111 vagas de carteira assinada, apresentando uma variação de -0,01% no mês

A construção civil, indústria de transformação e agropecuária seguraram o índice, com, respectivamente, saldo positivo de 345, 527 e 922 vagas criadas / Foto: EBC

Agências e Editoria de Economia

Enquanto o Brasil, ainda que lentamente, começa a recuperar os empregos formais, Pernambuco continua amargando a perda de vagas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem (22), apontam que no mês de julho 47,3 mil postos de trabalho com carteira assinada foram criados em todo o País, o melhor desempenho para o mês desde 2013. Já em Pernambuco o saldo foi negativo, com menos 111 oportunidades.

Ao todo, foram abertas 1.219.187 milhão de novas vagas no Brasil, enquanto o número de demissões foi de 1.171.868 milhão. Em julho de 2012, haviam sido abertas 142 mil vagas formais. No mês passado, a criação de postos de trabalho com carteira assinada foi puxada pela agropecuária, com 17.455 novas vagas. O segundo setor que mais gerou empregos foi o de serviços, com 14.548 vagas. Construção civil, indústria de transformação, indústria extrativa e os serviços industriais de utilidade pública também criaram mais empregos que fecharam. Ficaram no negativo os setores do comércio, com 249 postos a menos, e o de administração pública, com 1.528 vagas encerradas. Com a criação de vagas no mês passado, o mercado de trabalho volta a registrar saldo positivo após o fechamento de 661 empregos formais no mês de junho.

No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o Caged registra a abertura de 448.263 mil vagas e, em 12 meses até julho, já foram criados 286.121 mil empregos formais. O salário médio de admissão no País em julho ficou em R$ 1.536,12, ante R$ 1.535,72 no mês anterior. Entre os Estados, a maior geração de emprego foi em São Paulo, com 15,3 mil novos postos. Em seguida, aparece Minas Gerais, com geração positiva de 10,3 mil vagas. O Rio Grande Sul (-2.657) foi o Estado que mais demitiu do que contratou.

Pernambuco também apresentou variação negativa. Em julho, o Estado perdeu 111 vagas de carteira assinada, apresentando uma variação de -0,01%. Enquanto o total de admissões chegou a 28,612 mil, os desligamentos totalizaram 28,723 mil. Entre os destaques negativos, estão os comércios varejista e atacadista – que fecharam 738 vagas – e o setor de serviços – com menos 1.207. A construção civil, indústria de transformação e agropecuária seguraram o índice, com, respectivamente, saldo positivo de 345, 527 e 922 vagas criadas. Em junho de 2018, Pernambuco fechou 431 vagas de emprego com carteira assinada. Ao todo, naquele mês, foram registrados 26.335 admissões e 26.766 desligamentos, gerando uma variação negativa de 0,04%.

No ano, o Estado já acumula saldo negativo de 19.823 mil. Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, Recife (-863), Jaboatão (-852) e Ipojuca (-231) têm os piores resultados. As maiores gerações de vagas estão concentradas em Petrolina (972), Escada (287) e Igarassu (207).

INTERMITENTE

Em julho, as empresas abriram 3.399 postos de trabalho intermitente. Nesse tipo de contratação, não há período fixo estabelecido para o trabalho e o funcionário é pago pelo número de horas ou dias em que for convocado. A maioria dos intermitentes é homem (74,3%) e 90,8% têm até 49 anos. No caso do trabalho parcial (contratos com jornada de até 30 horas), foram abertas 813 vagas no período – a maioria, 61,6%, para mulheres.

Entre os Estados com o maior número de contratações líquidas nesta modalidade estão São Paulo (saldo positivo de 1.173), Minas Gerais (464) e Rio de Janeiro (367). As contratações em regime de tempo parcial tiveram total de 4.643 contratações e 3.830 desligamentos. Os maiores saldos estão no Rio (210) e em São Paulo (154).

Da Redação

NOSSOS CONTATOS