Agreste

Pernambuco registra caso de ‘fungo negro’ em paciente do Agreste que teve Covid-19

A mulher, de 59 anos, tem comorbidades e está internada no Recife

Foto: Divulgação

Neste domingo (6), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), informou que foi notificada pelo
Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, a respeito de um caso de infecção por
mucormicose, quadro conhecido popularmente como “fungo preto”. A infecção acometeu uma
paciente de 59 anos moradora de Casinhas, no Agreste, que teve diagnóstico de Covid-19
confirmado em março, além de ter desenvolvido, em seguida, pneumonia bacteriana. A pasta
comunicou o Ministério da Saúde e investiga a possível associação da doença com o novo
coronavírus

Segundo a secretaria, a paciente já está curada da Covid-19, mas, no tratamento, embora não tenha
sido hospitalizada, fez uso de antibiótico e corticoides. A mulher é diabética, hipertensa, asmática e
obesa, e está internada na enfermaria no Huoc, em Recife, desde a última
sexta-feira (4), consciente e com quadro de saúde estável. Antes da admissão no hospital
universitário, a paciente passou por outros serviços, tendo, inclusive, realizado procedimento
cirúrgico na região afetada, a boca. A infecção por mucormicose foi confirmada por meio de exame
histopatológico.

No Brasil, neste ano, já foram notificados 29 casos da mucormicose, dos quais pelo menos quatro são investigados pela associação com a Covid-19.

O que é a mucormicose?

A mucormicose é uma doença causada por fungos potencialmente inalatórios, que afeta pacientes com o sistema imunológico debilitado, podendo acometer nariz e outras mucosas.  

Os sintomas variam de acordo com a localização da infecção. Nos pulmões, pode haver tosse, expectoração e falta de ar. Na face e nos olhos, pode ocorrer vermelhidão intensa e inchaço.

Estão mais vulneráveis a essa doença fúngica, principalmente, os imunodeprimidos (idosos, diabéticos, pacientes oncológicos, transplantados, casos de Aids não controlada, pessoas em tratamento quimioterápico e/ou com uso de corticoides).

O tratamento para a doença depende do avanço da infecção e inclui remoção cirúrgica dos tecidos necróticos e uso de drogas antifúngicas de uso intra-hospitalar.

Por JC Online

Da redação

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