Belo Jardim

Pai de bebê que morreu no Hospital de Belo Jardim desmente versão da unidade de saúde

Rodrigo Lopes prestou um BO na delegacia do município e acionou a justiça para que investigue o caso

Reprodução

O pai do bebê que morreu no Hospital Júlio Alves de Lira na segunda-feira (11) contestou a versão dada pela unidade de saúde em nota divulgada através das redes sociais. Segundo ele, o Serviço de verificação de Óbito (SVO) atestou que a causa da morte foi devido a criança passar do tempo de nascer, e não de parada cardíaca, como afirmou o HJAL.

Este é o 6° caso que envolve morte de crianças no HJAL e os familiares acusam o hospital de negligência médica. O Ministério Público de Pernambuco e a Polícia Civil abriram investigação para apurar as denúncias.

“Repudio a nota mentirosa da Secretaria de Saúde sobre a morte da criança no HJAL. A secretaria deveria deixar de agir unicamente com o objetivo político e agir com a verdade. A gestante fez todo pré-natal rigorosamente como manda o protocolo do Ministério da Saúde com um conceituado e renomado médico Dr. Anderson Sampaio. Fez todos os exames requisitados entre os quais a ultrassom morfológica e em nenhum momento os exames apresentou qualquer anormalidade”.

“Ela deu entrada 4 vezes na unidade e o hospital sem ter capacidade e profissionais que não sabem fazer saúde mandava voltar pra casa, aonde o correto seria nesses casos quando o paciente der uma ou duas entradas no máximo pedir uma senha de transferência para outra unidade de média ou alta complexidade”, detalhou.

Rodrigo Lopes, que cursa medicina na Bolívia, voltou nessa terça-feira (12) para a cidade após a morte do seu filho. O universitário prestou um Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil e acionou a justiça para total apuração do caso. A criança foi enterrada nessa terça.

O pai do bebê afirmou ainda, ao BJ1, que o médico que fez o pré-natal da sua esposa, Emanuelle Silva, também não concorda com a versão do hospital e afirmou que houve negligência, imperícia, imprudência e irresponsabilidade por parte da unidade de saúde.

O primo de Emanuelle, Marcos Leite, também questiona o hospital. “A causa da morte foi insuficiência respiratória aguda, e não parada cardíaca. Não tenho pretensões políticas com esse comentário, só informem as coisas de forma correta sejam verdadeiros. Lembrando que o caso será avaliado pelos órgãos competentes, e se for comprovado falha humana, que paguem”, afirmou.

Marcos relata ainda que o HJAL tentou abafar o caso. “Deu para perceber o desespero deles em querer esconder o caso”, disse.

Este seria o 2° filho do casal. Emanuelle e a filha estão muito abaladas com a morte da criança e estão sendo acompanhadas por psicólogos.

Da Redação

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