Sertão

Padre Airton se sentiu ‘injustiçado’ por acusação de estupro, diz comunicado da Fundação Terra

Denúncia é investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. Crime, segundo a mulher, foi praticado a mando do padre, por um motorista dele

Silvia e padre Airton, em uma das visitas dela à Fundação Terra — Foto: Reprodução/WhatsApp

O Padre Airton Freire de Lima, criador da Fundação Terra, disse que se sentiu “injustiçado” pela acusação de estupro feita pela personal stylist Silvia Tavares de Souza, que disse ter sido abusada pelo motorista do religioso, Jailson Leonardo da Silva, a mando do religioso. Em comunicado aos fiéis, ele afirmou que “jamais cometeu” os “atos ilícitos” pelos quais foi denunciado.

Na terça-feira (30), o padre, de 66 anos, foi suspenso pela Diocese de Pesqueira, no Agreste, por causa das acusações. O caso é investigado em segredo de Justiça pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Na quarta (31), Silvia Tavares foi ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no Centro do Recife, para pedir a conclusão da investigação.

O comunicado do religioso foi publicado nas redes sociais, dirigido aos membros da Fundação Terra, ONG criada pelo padre Airton há 37 anos, em Arcoverde, no Sertão. O objetivo era resgatar a cidadania dos moradores da região, que vivam na extrema pobreza.

No texto, a fundação afirma que as denúncias foram movidas “por interesses que ainda não estão claros”, e diz que as obras sociais da ONG serão mantidas.

“Apesar de muito triste, padre Airton tem confiança que as investigações realizadas restabelecerão a verdade dos fatos — isto é, provarão que crime algum foi cometido”, diz a postagem.

A publicação diz, também, que a Fundação Terra respondeu a todas as reportagens da imprensa “com o intuito de reafirmar a inocência do padre Airton”.

“Esperamos que todos se mantenham serenos, pois quem está com a verdade de Cristo não tem o que temer”, finaliza a publicação.

Confira, na íntegra, a nota divulgada:

“O padre Airton Freire lamenta e se sente injustiçado por denúncias de atos ilícitos que jamais cometeu, movidas por interesses que ainda não estão claros. Apesar de muito triste, padre Airton tem confiança que as investigações realizadas restabelecerão a verdade dos fatos — isto é, provarão que crime algum foi cometido.

Enviamos esse comunicado a todos os irmãos e irmãs para que se mantenham tranquilos, porque as obras sociais da Terra serão mantidas.

O padre está sendo defendido pelos advogados Mariana Carvalho e Marcelo Leal.

Também tomamos o cuidado de responder a todas as reportagens na imprensa, com o intuito de reafirmar a inocência do padre Airton.

Esperamos que todos se mantenham serenos, pois quem está com a verdade de Cristo não tem o que temer.

Fundação Terra”.

Por G1PE

Da redação

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