Organizadores dos atos anti-Dilma contabilizam adesão em 238 municípios
Da Rádio Liberdade
Às vésperas dos protestos que prometem aumentar a pressão sobre o governo Dilma Rousseff, 238 municípios do país já tinham confirmado, no início da noite da última sexta-feira (14), os atos para este domingo (16). Também haverá manifestação em ao menos 19 cidades no exterior, localizadas em 11 países, como Alemanha, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Itália, Portugal e Inglaterra. Em Brasília, o evento está previsto para ocorrer a partir das 9h30, com concentração no Museu da República. Na quinta-feira, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, disse que o Planalto vai monitorar as mobilizações.
Para o porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL), Fernando Holiday, as manifestações de amanhã terão caráter diferente dos últimos protestos. “O momento político atual é muito peculiar. As crises política e econômica fizeram com que o impeachment da presidente começasse a tomar corpo pela primeira vez. O que sentimos, ao divulgar o evento, é que as pessoas estão indignadas com o governo. Acreditamos que o mandato de Dilma se aproxima do fim”, afirmou.
Segundo o MBL, as manifestações pedirão mais do que a saída de Dilma. “Somos um movimento liberal, queremos a redução de impostos, menos burocracia. Vamos cobrar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que começou a se aproximar de Dilma, e exigir do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que coloque o impeachment em votação rapidamente”, disse Holiday.
Enquanto manifestantes estarão nas ruas em centenas de cidades amanhã, centrais sindicais e movimentos sociais promoverão um ato em frente ao Instituto Lula, em São Paulo. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o evento não é uma reação aos protestos contra o governo. “Queremos mostrar que o ex-presidente Lula não está sozinho. Vamos proteger o instituto de novos ataques covardes, como o que ocorreu no fim do mês passado”, informou a assessoria da CUT.