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O sono da morte interrompido pela incompetência

Acidentes envolvendo animais não são mais novidades em Belo Jardim. Porém um caso, semana passada, teve uma repercussão maior. Não pela

Foto: Katharyne Bezerra

Foto: Katharyne Bezerra

gravidade do atropelamento, mas pelo descaso por parte da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da cidade, responsável por retirar os animais feridos que estão em vias públicas. O caso em questão foi o de um jumento, que ao atravessar a BR-232 foi atingido por uma carreta. Porém, apesar dos comerciantes locais terem pedido auxílio e divulgado o caso, nada foi feito por parte do órgão. Hoje (26), alguns jovens da cidade tomaram a iniciativa de fazer algo pelo animal.

“Acionamos o Corpo de Bombeiros pra nos ajudar a colocar o jumento no carro que nós alugamos com nosso dinheiro. Prontamente os agentes chegaram e levamos o animal para Dr. Domingos avaliar o caso. Infelizmente, o médico afirmou que nada poderia ser feito, e que o melhor para o bicho seria a eutanásia”, conta uma das ajudantes no caso, Flávia Leite.

Entretanto, para sacrificar o animal o veterinário precisaria de uma autorização. “Já não bastava a falta de irresponsabilidade da Secretaria de Agricultura em deixar o animal debaixo desse sol escaldante. Quando fomos atrás da autorização a incompetência foi maior. Primeiro não sabiam fazer o documento de liberação da eutanásia, depois não disponibilizaram o transporte para levar o corpo do animal para ser enterrado”, explicou Edson Souza, que também participou do resgate.

“Nós esperamos a autorização da Secretaria por mais de uma hora na frente do veterinário, que só poderia fazer algum procedimento com o animal se tivesse com a autorização. Um descaso total. A única pessoa que nos atendeu prontamente foi o secretário de Obras, que arrumou um local para que o animal fosse enterrado”, completa Flávia.

O jumento foi sacrificado, segundo o veterinário, pois animais de grande porte quando quebram partes do corpo não se recuperam facilmente. Além da fratura, a pata estava machucada por fora, se engessada iria apodrecer, causando mais sofrimento para o animal. E infelizmente era o único modo de acabar com o sofrimento dele. Tentamos falar com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, mas não obtivemos resposta.

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