Agreste

Mocidade homenageia Mestre Vitalino e quem mantém vivo legado do artesão pernambucano

Escola foi a terceira a desfilar nesta madrugada de segunda-feira (20) na busca pelo sétimo título da história no Grupo Especial. Artista conhecido pelas figuras de cerâmica ganhou belo tributo

Foto: Alexandre Durão/g1

A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a terceira a desfilar na Sapucaí nesta madrugada de segunda-feira (20).

Em busca do primeiro título desde 2017, o sétimo em sua história, a escola homenageou Mestre Vitalino (1909-1963), artesão pernambucano de Caruaru, conhecido pelas figuras de cerâmica. O enredo foi além do trabalho dele e mostrou a arte de quem se inspirou na obra de Vitalino.

Os 3 mil componentes desfilaram em 25 alas levando à avenida a força das obras de artistas como Mestre Manoel Galdino, Marliete Rodrigues, Zé Caboclo, Mestra Therezinha Gonzaga e Socorro Rodrigues.

A escola verde e branca surgida a partir de um time de futebol celebrou a matéria prima da arte de Vitalino. Uma ala de tom amarelado fez lembrar do barro tão usado nas artes.

As paisagens e personagens retratadas pelo artista tomaram grande parte do desfile. Campos de milho, de girassóis, de trigo, de algodão e de trigo foram temas de alas.

A hexacampeã da elite do carnaval do Rio trouxe na comissão de frente referências ao filho do homenageado, Severino Vitalino, e ao presépio nordestino criado por ele. Os tons terrosos das fantasias e maquiagens deixaram a impressão de que os componentes eram feitos de barro.

O carro abre-alas lembrou mais herdeiros e alunos do artesão, com a arte inserida em um ambiente tomado por bromélias, xique-xiques e galhos de marmeleiros.

O último carro da Mocidade foi todo dedicado a Mestre Vitalino, “o Deus do barro” e inspiração para mais discípulos e discípulas que vieram como destaques no final do desfile.

Por G1PE Caruaru

Da redação

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