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Médicos investigam possível nova forma do vírus da Zika em Pernambuco

A preocupação é ainda maior, porque os sintomas estão surgindo principalmente nas crianças

Pixabay

Da TV Jornal

Um novo alerta sobre saúde vem chamando a atenção de médicos e pesquisadores, que começaram a investigar o que pode ser uma nova forma do Zika vírus, em Pernambuco. A preocupação é ainda maior, porque os sintomas estão surgindo principalmente nas crianças. No Recife, já são dezenas de casos.

Manchas vermelhas em regiões específicas do corpo ou por toda a pele é como o “Rash” é identificado pelos profissionais da saúde. De acordo com o clínico-geral Carlos Brito, integrante do Comitê Técnico de Arbovirose do Ministério da Saúde, a causa ainda é indefinida e o fato de estar mais evidente em crianças é explicado como um caso “atípico”, já que, no Brasil, as arboviroses acometem mais os adultos.

“O rash vem associado a pouca febre, sem sintoma articular, como dor ou edema, desconforto e prurido [coceira]. Os casos têm evoluído bem e são autolimitados [melhoram espontaneamente, após alguns dias]. Os sintomas são inespecíficos e nos levam a pensar se os casos podem ser uma forma atípica de zika, o que pode ocorrer em um possível novo surto seguinte ao primeiro”, afirma.

Secretaria de Saúde

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), está previsto o agendamento de reuniões com profissionais de saúde para uma melhor compreensão do fenômeno e monitoramento dos casos, que até agora foram comentados informalmente.

Ainda segundo o secretário municipal de Saúde, Jailson Correia, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) do Recife tem recebido relatos sobre a ocorrência dos casos entre as crianças informalmente, mas ainda não perceberam mudança real no perfil das notificações.

Este ano tivemos 19.524 notificações nos casos de dengue, 22,7% a mais que no ano passado. Houve um aumento também, nos casos notificados de Zika, que foram 997, ou seja, 32,4% a mais que em 2017. Apenas nos casos de Chinkugunya houve redução, passando para 42,1% a menos que no ano passado.

De acordo com os médicos, esses números são importantíssimos, porque refletem o que pode vir a acontecer no verão do ano que vem. Segundo eles, a Secretaria de Saúde do Estado e o Ministério da Saúde já estão preocupam com um possível surto de zika, levando em consideração os últimos dados.

Público jovem

O boletim epidemiológico indica que, em Pernambuco, a maior taxa de incidência de dengue, chikungunya e zika encontra-se na faixa etária de 0 a 9 anos. Ou seja, crianças que nasceram após as epidemias anteriores e, por isso, não adoeceram e estão susceptíveis a novas doenças.

Da Redação

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