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Médico é agredido com capacete após negar atestado de 3 dias para adolescente

Profissional recebeu golpes de capacete, teve um osso do rosto quebrado e sofreu um corte.

Médico Diego Ferreira Santana, agredido em hospital de Aragoiânia — Foto: Diego Ferreira/Arquivo Pessoal

Um médico afirmou que foi agredido pelo pai de um paciente depois de ter negado dar um atestado de três dias em Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia. O caso aconteceu na tarde de domingo (18). O profissional recebeu golpes de capacete, teve um osso do rosto quebrado e sofreu um corte.

O médico que foi agredido, Diego Ferreira Santana, de 30 anos, disse que estava atendendo um paciente de 17 anos, que teve uma lesão no joelho e chegou à unidade com dor.

O rapaz foi medicado, e o profissional deu um atestado de um dia. O pai dele pediu um atestado de três dias, mas o médico negou.

“O paciente saiu sem dor, andando, estava apto para trabalhar no dia seguinte. O pai começou a xingar a todos e eu fui conversar com ele”, contou.

Ainda segundo o médico, depois disso, o homem partiu para cima dele e o agrediu com um capacete. “Ele me deu um golpe com o capacete, e eu caí no chão. Eu tive um lapso de consciência, e ele veio para cima dando outros golpes. Eu me defendi, mas fiquei atordoado no momento”, disse

As agressões só pararam quando outros pacientes e funcionários seguraram o homem, que foi embora. Porém, momentos depois, ele voltou em uma moto, usando uma blusa de frio. “Acredito que ele pudesse estar armado e ficou rondando o hospital”, disse Diego, que resolveu registrar o caso na delegacia.

O médico trabalha na unidade há dois anos. Foi a primeira vez em sua carreira que sofreu alguma agressão. Agora, ele tem receio de continuar os atendimentos no hospital. “Meu próximo plantão lá é em duas semanas, mas estou pensando em passar esse plantão”, afirmou.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) repudiou a agressão ao médico e se solidarizou com o profissional. Em nota, a entidade “cobra dos gestores mais segurança na unidade de saúde, pois a falta dela coloca em risco a integridade dos profissionais médicos e ameaça a assistência à população”.

g1 não conseguiu localizar o suspeito da agressão. A reportagem também entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Por G1

Da redação

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