Medicamento que reduz em 70% o colesterol ruim é aprovado nos EUA
do NE10
A Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) acaba de aprovar o pedido de licença de um tratamento inovador para o controle do colesterol: o alirocumabe (nome comercial Praluent), desenvolvido pelas farmacêuticas Sanofi e Regeneron. O medicamento já foi submetido, no Brasil, à apreciação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em estudos divulgados recentemente, alirocumabe demonstrou uma redução de mais de 70% nos índices elevados de LDL-C (colesterol ruim) no sangue, quando adicionado à terapia padrão com estatina. Além disso, também ofereceu uma redução de 54% de risco cardiovascular.
O medicamento é um anticorpo monoclonal indicado para reduzir o colesterol em adultos com hipercolesterolemia primária, que não conseguem atingir as metas de colesterol apesar do tratamento à base de estatinas. Trata-se de uma nova classe terapêutica, conhecida como inibidores da PCSK9. Está disponível em duas doses diferentes (75 mg e 150 mg). O medicamento é injetado a cada duas semanas.
O Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também concedeu na sexta-feira (24/7) parecer favorável ao pedido de comercialização de do alirocumabe, recomendando a aprovação para uso em determinadas categorias de pacientes adultos com hipercolesterolemia.
A aprovação definitiva de Praluent pela AMA está prevista para o final de setembro deste ano.
Saiba mais
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada no fim de 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, cerca de 12,5% da população brasileira têm colesterol alto. Esse dado traz um alerta importante sobre os desafios no controle dos níveis do colesterol ruim no sangue e as consequências que essa taxa alta pode trazer, como o agravamento ou a ocorrência de problemas cardiovasculares.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que essas doenças sejam as principais responsáveis pelos óbitos registrados anualmente no Brasil.