LULA NO RECIFE: ato no Classic Hall teve palmas gravadas e orquestra de frevo para abafar vaias a aliados
Não faltaram estratégias para tentar minimizar os gritos ecoando o nome da pré-candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade) e as vaias a integrantes do PSB durante o ato público no Classic Hall, em Olinda, Grande Recife, nesta quinta-feira (21), para encerrar a passagem do ex-presidente Lula em Pernambuco.
O efeito sonoro simulando aplausos da multidão, coordenado pela equipe de produção que cuidava do som do evento, era um dos recursos usados principalmente nos discursos feitos pelo governador Paulo Câmara (PSB) e a pré-candidata ao Senado, deputada estadual Teresa Leitão (PT), sempre que faziam referências ao pré-candidato a governador Danilo Cabral (PSB) e à Frente Popular, e na fala do próprio postulante socialista.
Outra estratégia utilizada foi a sincronia com a orquestra de frevo, sempre tocando com mais efervescência, numa espécie de duelo para abafar a reação negativa de parte do público.
Durante o discurso do governador Paulo Câmara, as palmas fakes apareceram. Nas imagens mais abertas, que aparece a multidão, o som das palmas fica claramente descasado com a quantidade de pessoas que aparecem aplaudindo.
Teresa Leitão conseguiu se conectar melhor com o público, mas ainda assim não escapou das vaias quando citava o nome de Danilo. Aí, as palmas ‘fabricadas’ e a orquestras voltavam a ser acionadas.
Principal alvo das vaias, em um evento cheio de simpatizantes da adversária Marília Arraes, Danilo Cabral também apostou no discurso de união. Além do recurso das palmas falsas, contou com uma espécie de ‘escolta’ do presidente Lula e demais apoiados no evento quando foi falar.
Mesmo diante da situação conturbada de palmas fake, orquestra de frevo tocando alto, vaias e gritos de golpista, Danilo Cabral fez um discurso efusivo e otimista. Disse que não temia desafios e que quanto maior o desafio sentia ainda mais ‘tesão’.
Por JC Online / Editado