Cultura

Imperatriz Leopoldinense é campeã do carnaval do Rio após jejum de 22 anos

A escola homenageou Lampião, o Rei do Cangaço, as multicores nordestinas e cultura popular.

Foto: reprodução/internet

No fim das contas é mesmo a matemática que define a campeã entre as 12 escolas do Grupo Especial. Uma soma de quesitos, total de 432 notas e 36 jurados com a missão de converter um ano de dedicação em números ansiosamente esperados.

E foi apertado: a Imperatriz Leopoldinense tomou a frente, a Viradouro vinha logo atrás. E com um décimo de diferença, no final, deu mesmo a Verde e Branco. Um grito que estava preso há muito tempo.

A história de Lampião, o Rei do Cangaço deu à Imperatriz Leopoldinense o nono título depois de 22 anos. A emoção é de quem voltou em 2020 ao Grupo Especial, depois de ser rebaixada em 2019.

“Cara, mó felicidade, eu desci com a escola, agora ser campeão com a escola, eu não tenho palavras, não tenho o que falar”, diz o mestre de bateria da Imperatriz, Luiz Alberto Lolo.

O carnavalesco Leandro Vieira correu para quadra da escola pra comemorar: o título e a cultura popular.

“Meu enredo nasce da literatura de Cordel. Eu sigo acreditando no Brasil popular, no Brasil da festa, no Brasil da cultura da rua. Isso é lindo. E esse país é o país que trouxe o campeonato pra essa comunidade”, diz Leandro.O DESFILE

Nem no céu, nem no inferno, Lampião foi para a Imperatriz Leopoldinense. Inspirada na literatura de Cordel, a escola contou a vida do Rei do Cangaço. E se perguntou o que aconteceu com ele depois da morte, em 1938.

A jornada de Lampião atrás de abrigo apareceu logo na comissão de frente. Um Nordeste multicolorido deu o tom do desfile. E até da bateria.

Aos 90 anos, Expedita Ferreira, filha única de Lampião e Maria Bonita, participou da festa. Uma celebração da riqueza cultural do sertão.

Por G1

Da redação

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