Governo deixa de compensar PIS-Cofins de combustíveis e preços disparam nos postos sem reajuste da Petrobras
O preço médio da gasolina chegou a R$ 6,263 no Recife, enquanto o do etanol bateu em R$ 4,610, embora em alguns postos a gasolina já esteja sendo vendida a R$ 6,470 e o álcool hidratado, a R$ 4,770.
Mas o reajuste dos preços na ponta não estão relacionados a um novo reajuste na Petrobras, que não mexe nos preços desde o dia 9 de julho último – no caso da gasolina – portanto, há 107 dias, assim como o diesel, cujos preços ainda são os de 27 de dezembro de 2023, portanto, há 307 dias.
A razão dos reajustes tem a ver com a Medida Provisória (MP) 1.227/24, publicada em 4 de junho no Diário Oficial da União, e seus possíveis efeitos ao longo de toda a cadeia comercial.
A MP 1.227/24 limitou uso dos créditos PIS/COFINS para abatimento de outros tributos, o que poderá gerar impactos no caixa e nos investimentos produtivos e de logística das empresas de produção, distribuição e transporte de combustíveis.
A Medida Provisória tem o objetivo de compensar as perdas que o governo terá este ano com a desoneração da folha de pagamentos, porém, impactam o caixa das empresas, que terão que utilizar outros recursos para pagar seus impostos que não os créditos de PIS/COFINS.