A criança deve ser levada ao dentista a partir do nascimento do primeiro dente e as consultas com o odontopediatra devem ser realizadas até os 18 anos
É muito comum ouvir relatos de adultos que têm medo de ir ao dentista. Gente que só de imaginar o barulho da broca se assusta! Mas como esse medo nasce? Você sabia que existe um profissional que pode ajudar a diminuir os traumas causados as crianças no consultório odontológico?
Assim como o pediatra cuida da saúde de crianças e adolescentes, o odontopediatra é o profissional da odontologia especializado em cuidar da saúde bucal de crianças e adolescentes. De acordo com os especialistas, a criança não nasce com o medo de ir ao dentista, por isso é importante que a primeira consulta seja após o nascimento do primeiro dente, para que os pequenos se adaptem ao ambiente e saibam que é natural ter bons hábitos de higiene, como explica a odontopediatra, Wesla Siqueira.
“O profissional especialista em Odontopediatria é capacitado e dotado de métodos específicos para o manejo e atendimento à criança. Essa visita é importante no que se refere aos cuidados preventivos, oferecendo um atendimento de qualidade, a criação de um vínculo de confiança entre profissional e criança, instituição de hábitos saudáveis de dieta e de higiene – como realizar a escovação, qual o creme dental e escova mais indicados, até que idade os pais são os responsáveis pela escovação das crianças -. Essa consulta é importantíssima para tirar dúvidas da família relacionadas à saúde bucal da criança”, diz.
Os pais têm inúmeras dúvidas. Uma delas é de quando começar a escovar. De acordo com a odontopediatra, Wesla Siqueira, antes dos primeiros dentes nascerem é importante cuidar da gengiva dos bebês. A limpeza deve ser feita com uma gaze ou com uma frauda limpa. Já a primeira escovação deve acontecer com o aparecimento do primeiro dente, que ocorre por volta dos seis meses. O creme dental deve ser infantil e com flúor, mas tudo deve ser com moderação, inclusive a quantidade de creme usado na escovação para que a criança não engula grande quantidade do produto.
As orientações recebidas no consultório tanto para os pequenos, quanto para os pais minimizam as chances da cárie atingir os dentes de leite, que têm íntima ligação com os dentes permanentes.
“Inúmeros problemas que irão variar de acordo com a intensidade dessa cárie, podendo ser ainda como uma mancha branca (sinal inicial da cárie), até uma lesão mais profunda que já indique a necessidade de um tratamento endodôntico (canal) – sim, dente de leite também faz canal- ou até mesmo uma situação que já exija a exodontia (extração) desse dentinho de leite. E a partir do grau dessa cárie é que iremos instituir o tratamento mais adequado para a criança, sempre dando preferência a medidas menos invasivas. Por isso enfatizamos frequentemente a necessidade das consultas de rotina, pois é melhor prevenir do que tratar”, explica Wesla.