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Entrevista: Escola do Calango prepara para a vida, não só para a futebol

Atividades acontecem dentro e fora de campo

O projeto Belo Jardim Futebol Clube pela Inclusão Social conta com uma equipe multidisciplinar para atender os atletas que participam da iniciativa. A Escolinha do Calango, como é mais conhecida, prepara os jovens belo-jardinenses não só para o futebol, como para a vida.

Prova disso é a atuação de uma psicóloga exclusiva para o atendimento da equipe. Iradjane Cavalcante, formada pelo Centro Universitário Favip/Devry, desenvolve um trabalho completo. Confira na entrevista.

BJ1. Qual é a importância da psicologia no futebol?

A psicologia tem grande relevância na área esportiva, pois busca compreender e intervir nos fatores psíquicos que podem vir a interferir em um bom desempenho dos atletas. Quando assistimos a uma competição, observamos o porte físico, a desenvoltura dos competidores. No caso dos jogadores de futebol, observamos os jogadores, os lances, as falhas, quem marca os gols. Porém, devemos lembrar que o atleta precisa estar bem por dentro e por fora. Isso se torna um fator decisivo na obtenção de um bom resultado. A mente de um jogador é a base primordial para definição de um título.

BJ1. Como os atletas são assistidos pelo seu atendimento?

Estamos trabalhando os aspectos motivacionais, emocionais e comportamentais. Sintomas como estresse, ansiedade, agressividade, baixa autoestima, entre outros. A partir das demandas que forem surgindo, sejam elas individuais ou em grupo, por meio de métodos e técnicas, o trabalho será feito para que esses aspectos não venham atrapalhar o desenvolvimento dos jogadores em campo.

BJ1. Você percebe alguma mudança no comportamento dos atletas depois de receberem algum tipo de atendimento psicológico?

Ainda é muito cedo para falar em mudanças. Nesse primeiro momento, estou conhecendo todos, observando como são, como interagem com os companheiros e com os profissionais de projeto. Nos meus encontros com a equipe, pude trabalhar questões como atenção, concentração e outras dificuldades que são inerentes a todo ser humano. Tive um bom retorno do técnico com relação aos meninos após esse trabalho. No entanto, sabemos que um comportamento não é modificado de um dia para a noite. Temos um longo caminho a percorrer.

BJ1. O que os atletas precisam para ser campeões?

Primeiramente, acredito na força do desejo, pois antes de qualquer coisa é preciso que exista no atleta um desejo de ser um campeão. Essa é a força propulsora na realização dos nossos anseios. Em seguida, o processo de autoconhecimento fará todo o diferencial na vida de qualquer pessoa, principalmente para quem deseja ser um campeão, pois esse processo possibilitará ao atleta perceber seus pontos fortes, suas limitações, aprendendo a se aceitar para se dedicar totalmente ao que se pretende conseguir. Sabemos que a prática leva a perfeição e esse é um caminho árduo, mas não é impossível.

BJ1. A psicologia também pode ajuda-los fora de campo?

A psicologia pode ajuda-los fora de campo, tudo o que trabalhado e aprendido por eles não serve só nos treinos, mas acarretam em um bom relacionamento consigo mesmo, bem como com as pessoas que convive, família e os colegas no ambiente escolar.

 

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