Em audiência pública, Mendonça Filho diz que o Porto de Suape está subjugado pela sanha centralizado do Governo Dilma
O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE), denunciou os entraves burocráticos do governo federal que estão prejudicando o Porto de Suape, após o novo marco regulatório do setor. “O Porto de Suape vem sendo subjugado pela sanha governista em querer centralizar as decisões do País em Brasília. Antes da MP dos Portos a licitamos o primeiro terminal de contêiner de Suape em tempo recorde”, criticou em audiência pública, hoje, na Comissão de Fiscalização Financeira com o ministro Antonio Henrique Pinheiro Silveira (Portos) e o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Mario Povia.
A audiência pública foi convocada pelo líder Mendonça Filho. O parlamentar lembrou que após a aprovação da MP dos Portos, o segundo terminal em Suape está empacado na burocracia do governo federal.
Mendonça se refere às novas determinações que vinculam licitações à administração federal. Ele lembrou a importância da construção de Suape para o desenvolvimento do estado e como a burocracia federal está prejudicando na competição com portos privados.
“O Porto de Suape é fruto do esforço do povo pernambucano. Concebemos o modelo de porto-indústria com uma estratégia nossa. Fomos nós que atraímos, em vários governos, centenas de investimentos que criaram emprego e renda. Agora estamos perdendo espaço para portos privados que não precisam passar por todo esse processo centralizador e incompetente”, disparou o deputado.
Portos Privados
Para Mendonça Filho o problema não é a instalação de equipamentos privados no país, o que ele apoia, mas a forma como o governo federal está desequilibrando o jogo contra o próprio setor público.
“Se produziu dois mundos: um dos terminais privados que não participam de licitação publica, não pagam outorga, taxa de arrendamento… Ele se instala em algum ponto remoto? Não. Se beneficia da bacia de evolução do canal que é dragado e mantido pelo poder público. Fica ao lado de um porto público usufruindo dos benefícios que são públicos. É como colocar dois carros para competir: uma BMW e um fusquinha”, comparou.
A anomalia criada com a MP dos Portos, segundo o democrata, precisa ser corrigida sob o risco de prejudicar toda a economia do estado de Pernambuco, bem como de outros estados que são dependentes da exportação. “O governo federal não é nenhum credor do povo de Pernambuco. Fizemos o nosso dever de casa e hoje estamos vendo uma competição desigual”, concluiu.