Desemprego em Pernambuco chega a 9,1%, acima da média nacional
Do Diario de Pernambuco
A taxa de desocupação em Pernambuco ficou em 9,1% no segundo trimestre de 2015, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é maior que a média nacional, que ficou em 8,3%. O estado ficou abaixo apenas da Bahia, com 12,7% e Alagoas, com 11,7%, segundo os dados da pesquisa.
É da Região Nordeste a maior taxa de desocupação, com um percentual de 10,3%. O resultado é maior do que nos primeiros três meses deste ano (9,6%) e do que no segundo trimestre de 2014 (8,8%). Na Região Sudeste o desemprego ficou em 8,3% no segundo trimestre de 2015, contra 8,0% nos primeiros três meses deste ano. No segundo trimestre do ano passado, a taxa de desemprego da região estava em 6,9%.
Já na Região Sul, a taxa de desemprego subiu a 5,5% no segundo trimestre de 2015. O resultado é maior do que no primeiro trimestre deste ano (5,1%) e no período de abril a junho do ano passado (4,1%). A taxa de desemprego no Centro-Oeste, por sua vez, subiu a 7,4% no período de abril a junho deste ano. O resultado é maior do que no primeiro trimestre deste ano (7,3%) e também superior ao verificado no segundo trimestre do ano passado (5,6%).
No Norte, a taxa de desemprego, na contramão da média nacional, diminuiu para 8,5% no segundo trimestre de 2015, de 8,7% nos primeiros três meses do ano. Em relação ao segundo trimestre de 2014, porém, houve aumento, já que há um ano a taxa de desemprego na região estava em 7,2%.
Muita procura, poucas vagas
Ao todo, 8,354 milhões de pessoas procuram emprego no Brasil sem encontrá-lo. É o maior contingente já observado na série, segundo o órgão. O número ainda é 23,5% maior do que no segundo trimestre de 2014, com incremento de 1,587 milhão de desocupados.
No segundo trimestre de 2015, a taxa subiu 1,5 ponto porcentual em relação ao observado em igual período de 2014 (6,8%). Trata-se do aumento de maior magnitude dentro da pesquisa, de acordo com os dados do IBGE. “O mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico. Se não gera postos de trabalho, é em função do cenário econômico”, disse Azeredo.
“O aumento da taxa de desocupação vem em função da maior procura por trabalho, mas a geração de vagas não alcança isso. Ela é bem inferior ao que seria necessário para manter a taxa estável ou até mesmo fazer a taxa entrar em declínio”, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.