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Com três meses de salários atrasados, Faculdade de Belo Jardim tem início das aulas ameaçado

AEB passa pela maior crise de sua história

Reprodução/Arquivo

Audiência pública na manhã desta terça-feira (04) na Câmara de Vereadores para discutir a situação precária da Autarquia Educacional de Belo Jardim (AEB). Professores contratados e efetivos estão com três meses de salários atrasados e os servidores administrativos, dois.

Em pronunciamento com tom de desabafo, a professora Maria Gorete lamentou a situação em que a AEB chegou. Segundo ela, devido ao atraso de salário dos professores, o início do ano letivo na instituição pode estar ameaçado.

“Disseram que viríamos aqui e seríamos constrangidos, mas eu não me sinto constrangida, quem deve se sentir constrangido é quem não cumpre com suas obrigações, nós [professores e servidores] estamos cumprindo com a nossa”, disse.

A professora diz ainda que, devido ao atraso no pagamento, é incerto saber quais docentes seguirão na faculdade. “Não sabemos quais professores contratados que estarão conosco este ano”, relatou.

O início das aulas na Autarquia Educacional de Belo Jardim está previsto para iniciar na segunda-feira (10), porém, devido ao atraso no pagamento dos professores efetivos e contratados, a abertura do ano letivo pode estar ameaçada.

Desde que o prefeito Hélio dos Terrenos assumiu a prefeitura de Belo Jardim, a AEB vem enfrentando a maior crise da sua história. Em matéria divulgada no dia 29 de agosto do ano passado pelo BJ1, o vereador Gilvandro Estrela explicou que em 2018 apresentou uma emenda parlamentar na Lei Orçamentária Anual (LOA), que foi aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores, obrigando que a prefeitura do município realizasse o repasse financeiro à faculdade mensalmente.

“A emenda foi aprovada, onde se destinava R$ 1.800.000 para aquela instituição, mensalmente, o prefeito tinha a obrigação de passar R$ 150 mil, sem falar nos R$ 30 mil que é o aluguel que foi acordado entre a prefeitura e a faculdade, para o colégio CEM, que lá funciona. Mas o prefeito não tem cumprido com suas obrigações, não tem dado o respaldo necessário”.

O valor de R$ 180 mil, que deveria ser destinado todos os meses pela prefeitura, não vem sendo pago. Isso faz com que a faculdade não cumpra com suas obrigações, atrasando salários, não realizando a manutenção adequada.

Da Redação

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