A direção do Sintesb (Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior de Belo Jardim) divulgou nesse domingo (08) que, após Assembleia Geral, ficou decidida a paralisação das atividades durante cinco dias, no período de 09 a 13 de novembro. No texto de divulgação do manifesto, o Sintesb escreveu que “chega de descaso e abandono! Vamos parar em defesa de nossa instituição! Junte-se a nós nesta luta! A AEB/FBJ é patrimônio de Belo Jardim e de nossa região! Nossos servidores merecem RESPEITO!”.
Uma das faltas de respeito aos quais os professores se referem é o atraso salarial dos servidores efetivos e contratados. De acordo com a presidente da entidade, Professora Mercês, “os servidores efetivos estão há dois meses sem receber o salário e os contratados completaram três”. Ainda assim, timidamente, começaram a pagar por ordem alfabética. “Até a última sexta-feira (06), se não me engano, ainda estavam na letra D”, relatou a professora.
A entidade afirmou ainda que “em uma situação que o governo atual é o responsável por fazer o repasse para a faculdade e ele não se mexeu, não fez nada durante a luta” é difícil e acreditar em novos tempos, enquanto o desrespeito à classe perdurar.
É tanto que a Assembleia não ocorreu de maneira tranquila, a tensão tomou conta dos participantes. “teve gente que chorou com isso. É humilhante estarmos sendo tratados de tal maneira. E nós, Sindicato, temos o dever de apoiar o que a assembleia decide”, falou Mercês.
Às portas do vestibular, os alunos têm utilizado as redes sociais em apoio aos docentes. A reunião aprovada pela Assembleia Geral contou com a participação de todos os servidores administrativos e docentes, efetivos e contratados, da Faculdade de Belo Jardim (FBJ/AEB).
Após o prazo dos cinco dias da paralisação, outra assembleia será agendada para a decisão de adesão à uma greve ou não. Os professores estudam ainda uma reunião com o promotor para intervir no assunto.
É válido ressaltar que ao mesmo tempo que o prefeito Hélio dos Terrenos não paga o salário dos professores, ele decide convocar 300 aprovados no concurso público. Com isso, as perguntas que pairam sobre a atitude é: “Será que serão mais servidores sem receber salário ou a convocação foi apenas uma estratégia política?”.