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Com salários atrasados há três meses professores de Belo Jardim paralisam atividades

Ao mesmo tempo que Hélio dos Terrenos não paga os professores da Autarquia, ele decide convocar 300 aprovados no concurso público

Foto: Reprodução Instagram

A direção do Sintesb (Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior de Belo Jardim) divulgou nesse domingo (08) que, após Assembleia Geral, ficou decidida a paralisação das atividades durante cinco dias, no período de 09 a 13 de novembro. No texto de divulgação do manifesto, o Sintesb escreveu que “chega de descaso e abandono! Vamos parar em defesa de nossa instituição! Junte-se a nós nesta luta! A AEB/FBJ é patrimônio de Belo Jardim e de nossa região! Nossos servidores merecem RESPEITO!”.

Uma das faltas de respeito aos quais os professores se referem é o atraso salarial dos servidores efetivos e contratados. De acordo com a presidente da entidade, Professora Mercês, “os servidores efetivos estão há dois meses sem receber o salário e os contratados completaram três”. Ainda assim, timidamente, começaram a pagar por ordem alfabética. “Até a última sexta-feira (06), se não me engano, ainda estavam na letra D”, relatou a professora.

A entidade afirmou ainda que “em uma situação que o governo atual é o responsável por fazer o repasse para a faculdade e ele não se mexeu, não fez nada durante a luta” é difícil e acreditar em novos tempos, enquanto o desrespeito à classe perdurar.

É tanto que a Assembleia não ocorreu de maneira tranquila, a tensão tomou conta dos participantes. “teve gente que chorou com isso. É humilhante estarmos sendo tratados de tal maneira. E nós, Sindicato, temos o dever de apoiar o que a assembleia decide”, falou Mercês.

Às portas do vestibular, os alunos têm utilizado as redes sociais em apoio aos docentes. A reunião aprovada pela Assembleia Geral contou com a participação de todos os servidores administrativos e docentes, efetivos e contratados, da Faculdade de Belo Jardim (FBJ/AEB).

Após o prazo dos cinco dias da paralisação, outra assembleia será agendada para a decisão de adesão à uma greve ou não. Os professores estudam ainda uma reunião com o promotor para intervir no assunto.

É válido ressaltar que ao mesmo tempo que o prefeito Hélio dos Terrenos não paga o salário dos professores, ele decide convocar 300 aprovados no concurso público. Com isso, as perguntas que pairam sobre a atitude é: “Será que serão mais servidores sem receber salário ou a convocação foi apenas uma estratégia política?”.

Da Redação

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