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Campanha incentiva a doação de órgãos em Pernambuco

do G1

Vários pontos movimentados do Recife, como as estações de metrô, recebem esta semana uma campanha de doação de órgãos da Secretaria Estadual de Saúde (SES). No estado, mais de 1.400 pessoas aguardam na fila central de transplantes. Dessas, 1.176 precisam de transplante de rins; 112 esperam por uma doação de fígado; 67 aguardam por medulas ósseas; e nove precisam de um coração novo. Ainda de acordo com os dados da SES, 53% de doações em potencial deixam de acontecer por causa de restrições e impedimentos da família do doador. A campanha planeja incentivar os recifenses a conversarem com os parentes sobre a doação.

“No momento da morte, a família acaba não entendendo a clareza daquela decisão por causa da dor, da perda, do luto. É importante que cada um de nós converse com a família sobre a intenção de ser doador”, explica a secretária de Saúde Ana Maria Albuquerque. Segundo ela, logo após a campanha, a tendência é que o número de doações aumente na semana seguinte. O primeiro lugar a receber a campanha é a estação central do Metrô do Recife, no centro da cidade.

Entre as dificuldades das famílias para a doação de órgãos ser feita está o diagnóstico da morte encefálica. “Os profissionais de saúde precisam conversar com a família para explicar que a morte encefálica é um diagnóstico de morte, não tem volta. Por algum tempo o coração continua batendo, irrigando os órgãos. Enquanto houver o batimento e irrigação, há viabilidade para que a gente possa retirar os órgãos e eles se tornarem vida para outras pessoas, porque para aquele paciente que está ali, não significa mais nada”, aponta Albuquerque.

Ela lembra que o corpo do doador continua intacto, não é mutilado. No caso das pessoas que morreram em acidentes ou homicídios, o diagnóstico, na maioria das vezes, é por morte encefálica. “Morte por trauma é a de maior incidência de morte encefálica. Ainda no local da morte, a equipe é acionada para fazer a retirada adequada dos órgãos que serão doados e a recomposição do corpo”, afirma.

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