Nacional

Bolsonaro e Lula trocam acusações no primeiro debate do segundo turno

Debate organizado pela Band aconteceu neste domingo (16)

Lula e Bolsonaro no debate da Band – Foto: Nelson Almeida

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram ataques, neste domingo (16), no primeiro debate do segundo turno da disputa presidencial.

No início do debate, organizado pela Band em parceria com outros veículos de comunicação, Bolsonaro e Lula se acusaram de mentir para a sociedade brasileira.

“Lula, pare de mentir, pega mal para um homem da sua idade”, disse Bolsonaro, 67, ao adversário de 76 anos.

“Você é o rei das ‘fake news’, o rei da estupidez”, respondeu Lula, que criticou duramente Bolsonaro por sua gestão da pandemia. “Sua negligência causou a morte de 680.000 pessoas quando metade poderia ter sido salva”, acrescentou o petista.

Ambos os candidatos, vestidos de terno escuro e gravata – verde para Bolsonaro e as cores do Brasil para Lula -, debateram de pé, caminhando pelo cenário e mal se olhando.

O debate é uma etapa fundamental para conquistar eleitores indecisos, segundo analistas, em meio a uma campanha de fortes ataques entre os candidatos e suas equipes, incluindo acusações de canibalismo, pedofilia e conexões com o crime organizado.

No primeiro turno, Lula terminou na frente com 48,4% dos votos, contra 43,2% para Bolsonaro, que obteve um resultado melhor do que o antecipado pelas pesquisas.

Agora, o líder do Partido dos Trabalhadores aparece como favorito, com 49% das intenções de voto, cinco pontos percentuais atrás de Bolsonaro, que tem 44%, segundo a pesquisa do Instituto Datafolha divulgada na última sexta-feira (14).

Ainda segundo o Datafolha, 93% dos consultados indicaram que já definiram seu voto, enquanto 6% disseram que votariam em branco ou nulo e 2% se mostraram indecisos.

Nesse cenário, onde “as propostas estão perdendo centralidade e estão colocando narrativas de um contra o outro”, espera-se “um debate acalorado (…) com poucas informações sobre planos de governo”, analisa Christopher Mendonça, doutor em Ciência Política.

Por JC Online

Da redação

NOSSOS CONTATOS