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Biólogo explica causa do ‘surto’ de grilos em Belo Jardim e no Agreste de PE

Há uma variedade de 900 espécies de grilo

(Foto: Pixabay)

Não é novidade para ninguém que ultimamente não só Belo Jardim como grande parte do Agreste de Pernambuco tem vivenciado um verdadeiro ‘surto de grilos’ nas casas, apartamentos e em todos os tipos de imóveis urbanos.

De acordo com o professor e biólogo caruaruense, Alexandre Henrique, em entrevista ao portal BJ1, há uma variedade de 900 espécies de grilos, insetos esses que podem ter de quatro até seis meses de vida. Suas fêmeas são capazes de colocar até 100 ovos.

Animais herbívoros, segundo o especialista os grilos desencadeiam apenas dois ‘malefícios’ para o ser humano: o som que eles fazem, cujo objetivo é atrair a fêmea para perto do inseto macho, além da perfuração de roupas, livros e outros materiais que possuem celulose em sua composição.

Mas por que estão aparecendo tantos grilos?

Para Alexandre, o fator clima e meio ambiente da região tem sido o fator principal para o aumento na proliferação de grilos nas últimas semanas. “Devido às chuvas [que caíram recentemente na região] houve um aumento da vegetação, e eles [os grilos] são herbívoros, comem as folhas dos vegetais; então eles têm alimentação, água, umidade, temperatura, e é esse conjunto de fatores que tem favorecido a multiplicação desses grilos”, explica.

O que fazer para evitar o aparecimento de grilos em casa?

De acordo com o biólogo, não há uma receita, uma fórmula para impedir o aparecimento do grilo. No entanto, alguns mecanismos de prevenção podem ser eficazes para mantê-los afastados de casa. Manter todos os cômodos do imóvel, principalmente pequenos locais, sempre limpos e livres de entulhos é um desses.

Também é recomendado, segundo Alexandre, colocar telas nas janelas ou mesmo fechá-las sobretudo à noite – pois o grilo tem o hábito de entrar nas casas durante o período noturno devido o calor e a luz dos ambientes internos. Assim como é aconselhável colocar algum material vedante ou mesmo um pano de chão no rodapé das portas do imóvel.

“Outra coisa importante também é capinar o capim ou matagal próximos das casas, pois as fêmeas gostam de colocar seus ovos nos matos. Na verdade, o crescimento das cidades fez com que se invadisse a área deles [dos grilos], que tem como seus predadores naturais o sapo, a lagartixa e até mesmo o gato”, informa Alexandre.

Evite o uso de venenos

Quanto ao uso de produtos químicos, o biólogo é enfático: “usando veneno você está contaminando o meio ambiente, ele é levado para o meio ambiente. Por isso, não é interessante o uso de inseticida [para combater os grilos]”, finaliza.

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