Belo Jardim

3° caso de Covid-19 é registrado e Secretaria de Saúde omite informação

Segundo paciente, a Secretaria de Saúde se negou a realizar exame de contraprova em paciente com Covid-19

Print de tela entre conversa do paciente com Secretário de Saúde mostra a insatisfação com a situação – Cortesia

Belo Jardim registra o terceiro caso de Covid-19. Apesar do resultado paciente ter dado positivo, a Secretaria de Saúde está sendo acusada de ser omissa e negligente. O homem de 43 anos teve o vírus confirmado em exame laboratorial particular em Belo Jardim.

O paciente realizou o exame particular após ser informado que teria tido contato com um caso confirmado com a doença. “Fiz o exame particular na quinta-feira e ontem (14) recebi a informação que deu positivo, mas estou bem”, disse ele.

O laboratório notificou imediatamente a secretaria sobre o caso. “A princípio, o órgão disse que viria em minha casa realizar o acompanhamento, mas recebi uma ligação do próprio secretário de saúde (Uriel Campelo) hoje, no final da tarde, informando que julgaram não ser necessária a realização da contraprova”, afirmou Aguiar.

Até então, o advogado garantiu que estava tranquilo com o trabalho da Secretaria de Saúde, mas, ficou insatisfeito com a resposta do órgão que deveria estar empenhado em garantir a transparência para a população, bem como manter o bem-estar e zelo para quem está doente.

“A secretaria ficou de fazer o teste, mas, Uriel passou para mim que, após reunião com a Geres, eles se negaram a fazer a contraprova. Portanto, há negligência tanto da secretaria de Belo Jardim, quanto do Governo do Estado que julgou desnecessário fazer esse exame. Então, como existe o exame particular e eles não colocam nas estatísticas?” relatou o advogado que informou ainda que tomaria as medidas cabíveis contra isso.

O BJ1 enviou solicitação de nota ao Secretário Uriel Campelo, que respondeu apenas que havia mandado para a IV Geres. Entretanto, em uma live em seu Facebook, o secretário comentou superficialmente sobre o caso e destacou apenas a visita do paciente ao Hospital Júlio Alves de Lira, mas não deu mais detalhes sobre qual o posicionamento da Secretaria de saúde para resolver o problema e nem muito menos confirmar que o 3º caso  havia sido registrado ou que as autoridades competentes tivessem sido notificadas.

“Conversei com o paciente, que estava um pouco exaltado com o áudio que saiu. […] Não foi verdade, nada daquilo foi verdade, temos câmeras que acompanham, tranquilizei ele, ele está tranquilo. É um rapaz educado, tranquilo e sabe de todos os tramites”, disse Uriel pela internet.

Entretanto, faltou Uriel informar que mais do que o simples resultado positivo e em o município realizar a contraprova, não foi feito o rastreio dos contatos do paciente. Como também que a vigilância em saúde não fez o levantamento epidemiológico. E, principalmente, porque que o órgão tenha se negado a realizar a contraprova pelo laboratório do Lacen? conforme informações do próprio paciente.

Sendo assim, podemos tirar conclusões que outros casos positivos de Covid-19 podem estar circulando por Belo Jardim sem a assistência devida e necessária tanto para o tratamento, quanto para o combate do Coronavírus.

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Uma polêmica envolvendo o nome do paciente gerou bastante repercussão em grupos de WhatsApp. De acordo com os áudios, ele havia sido expulso e causado tumulto no Hospital Júlio Alves de Lira, nesta terça-feira (14), após os profissionais de saúde e pacientes terem sabido que ele havia sido confirmado com o Coronavírus.

Segundo o paciente, ele está assintomático e não andava de maneira irresponsável como o andam julgando pela internet. “Fiz o exame particular e fui detectado com o Covid-19, ontem (14). Tive uma crise gástrica, dor abdominal e fui encaminhada ao hospital, que deveria fornecer material de EPI no momento que qualquer paciente chegasse na porta do hospital”, disse.

“Passei uns 30 minutos lá e fui bem atendido pelo médico, que já sabia da minha condição. Não houve confusão, não fui expulso. Isso é tudo especulação”, relatou.

 “Quanto a falta do uso da máscara facial, eu fui encaminhado com tanta dor que não lembrei de máscara.  Era dever do hospital fornecer qualquer tipo de material para qualquer pessoa que chegue lá logo na porta, infectado ou não”, explicou ele.

O paciente recebeu a prescrição médica e foi para casa, onde está em quarentena e isolado com a família.

Da Redação

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