Pernambuco e seus 184 municípios receberam, no último dia 31, repasse de quase R$ 508 milhões, parte dos R$ 11,7 bilhões que o Governo Federal obteve com o leilão de excedentes do pré-sal. Os recursos foram repassados com o aval do ministro da economia, Paulo Guedes.
O estado recebeu R$ 247,4 milhões. Já os municípios, dividiram R$ 260,1 milhões, de acordo com critérios definidos pelo FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que considera índices como população e renda per capita.
Belo Jardim, no Agreste, foi contemplada com R$ 2.082,461.60. Embora a cidade esteja mergulhada em uma crise sem precedentes, onde muitos servidores públicos estão sem receber seus salários, tal verba não deve, de maneira alguma, ser gasta sem a correta previsão orçamentária e não devem fugir da destinação específica definida em lei: investimentos e redução de déficit da previdência.
Ainda assim, internautas indagam que vai fiscalizar o gasto dos mais de R$ 2 milhões. “Dinheiro ‘extra’ que entrou no cofre da Prefeitura de Belo Jardim anteontem, quase R$ 2.100.000,00. Quem vai fiscalizar?”, indagou leitor que não quis se identificar.
Faltando menos de um ano para as eleições municipais e acompanhando o atraso de desenvolvimento que Belo Jardim vem sofrendo ultimamente, muito provavelmente, o prefeito Hélio Terrenos (PTB) deverá utilizar o recurso para seduzir o eleitorado promovendo obras para o colocar em vantagem na corrida eleitoral. Entretanto, a população acompanhou o descaso sofrido durante todo o período ao qual Hélio dos Terrenos esteve à frente da administração pública deixando a desejar e deixando de realizar obras significativas e que foram promessas de campanha de sua gestão.