Pernambuco

Belo Jardim abraça ato “Caminhe por Justiça” em defesa da federalização do caso da menina Beatriz Angélica

Criança de 7 anos foi assassinada em 2015 com mais de 40 facadas. Mãe percorre 720 km a pé em protesto ao Governo de Pernambuco

Foto: BJ1

Faltando 185 quilômetros para o destino, Recife, os pais da menina Beatriz Angélica, Lucinha Mota e Sandro Romilton, foram recepcionados em Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, durante o percurso do ato “Caminhe por Justiça”, que cobra do Governo do Estado e do Ministério Público, uma solução para o assassinato da criança que morreu aos 7 anos de idade com mais de 40 facadas. O caso completa seis anos sem desfecho.

A concentração aconteceu no trevo de acesso a cidade de São Bento do Una e contou com a presença da população, músicos, representantes de movimentos sociais e esportivos, do prefeito Gilvandro Estrela (DEM) e demais autoridades do município. O ato contou com apoio de comerciantes, da população e da Prefeitura de Belo Jardim, através das Secretarias de Saúde, de Defesa Cidadã, de Assistência Social, de Cultura e Especial da Mulher.

“Belo Jardim e toda sua população estão solidários a estes pais e contem conosco. Os protestos têm que continuar até o governador tomar uma atitude e atender os pleitos dos pais de Beatriz. A violência tem sido campeã no Estado de Pernambuco”, registou Gilvandro Estrela, prefeito de Belo Jardim, em entrevista à Rádio Bitury.

A caminhada teve início no último dia 5 de dezembro, na BR-428, na saída de Petrolina, no Sertão. A previsão da família é chegar no Recife até o dia 30 de dezembro, onde farão atos em frente à sede do MPPE e ao Palácio do Campo das Princesas. O casal espera ser recebido pelo governador Paulo Câmara (PSB). De acordo com a mãe de Beatriz, no último mês de agosto, seguranças do governador a teriam agredido fisicamente, durante mais uma tentativa em cobrar justiça para o caso da filha assassinada. O caso aconteceu durante visita de Paulo Câmara a Petrolina.

“Essa caminhada é um protesto contra a falta de segurança em Pernambuco. Beatriz merece um inquérito justo. O governador pode nos ajudar a federalizar o caso de Beatriz. Se o governador não assinar esses documentos e autorizar a cooperação dessa empresa internacional ele é cumplice do assassinato de Beatriz”, cravou Lucinha Mota.

Um documento publicado nessa segunda-feira (20), no Instagram oficial de Lucinha Mota, endereçado a Paulo Câmara (PSB), destaca o objetivo do percurso de 720 km em protesto pelo desfecho do caso:

• Manifestação favorável a federalização do caso Beatriz para encaminhamento à Procuradoria Geral da República (PGR);
• Assinatura do termo de cooperação técnica com a empresa CIT GROUP de forma oficial e com acesso integral a inquérito que apura o caso Beatriz.

Ainda de acordo com o documento, as solicitações foram feitas ao Governo do Estado, desde setembro de 2020 e se encontram pendentes de manifestação.

Solidariedade – O Grupo Pé Na Estrada irá se concentrar na madrugada desta quarta-feira (22), às 0h, na Praça do Padre Cícero, no Centro de Belo Jardim, para seguir de ônibus até o hotel Laccazzona, para acompanhar os pais de Beatriz até a cidade de Tacaimbó. Após o percurso, um ônibus irá retornar com as pessoas que comparecem ao ato à Belo Jardim.

Relembre o caso – A menina Beatriz Angélica Mota, de apenas sete anos, foi assassinada em Petrolina, sertão pernambucano, no dia 10 de dezembro de 2015. Ela foi encontrada morta, em ato de extrema violência com 42 facadas, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora onde estudava e onde seu pai dava aula.

O crime permanece sem o desfecho e sem a punição do culpado. Os pais da menina, Lucinha Mota e Sandro Romilton continuam em busca de respostas sobre o assassinato da filha de 7 anos.

Foto: BJ1
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Da redação

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