Anvisa aprova CoronaVac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, com veto a imunocomprometidos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quinta-feira (20), que crianças e adolescentes de 6 a 17 anos recebam a CoronaVac. A vacina é a mesma usada em adultos, e o esquema para essa faixa etária é igual ao que já é feito para as pessoas a partir de 18 anos: são duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. A autorização ocorreu após um novo pedido de uso emergencial feito pelo Instituto Butantan em 15 de dezembro. A liberação não contempla pessoas desse grupo que são imunocomprometidas, aquelas que têm baixa imunidade. Mas a aplicação está autorizada para as crianças e adolescentes dessa faixa etária com comorbidades – ou seja, com doenças crônicas ou condições que podem agravar a infecção pelo coronavírus.
A decisão da Anvisa foi unânime: todos os cinco diretores da Anvisa foram favoráveis – Meiruze Sousa Freitas (relatora), Alex Machado Campos, Rômison Rodrigues Mota, Cristiane Rose Jourdan e Antônio Barra Torres (diretorpresidente). O Instituto Butantan havia solicitado a autorização para uso da CoronaVac a partir de 3 anos, mas a agência optou por esperar resultados de mais estudos feitos com crianças abaixo dos 6 anos.
Ao final da votação, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, ressaltou que não é a agência que vai determinar quando se inicia a imunização, já que a distribuição de doses e o cronograma dependem dos Estados e especialmente da operacionalização do Ministério da Saúde.
Ainda na tarde desta quinta (20), São Paulo iniciou a aplicação da CoronaVac no público infantil. O estudante Caetano Moreira, de 9 anos, foi a primeira criança daquele Estado a ser vacinada com a CoronaVac. Além dele, mais 99 crianças foram imunizadas. Em Pernambuco, o secretário de Saúde, André Longo, disse ao JC, logo após a aprovação, que vai reunir o Comitê Técnico Estadual e os gestores municipais na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para as definições na próxima segunda-feira (24) à tarde. Ele garantiu que há doses em estoque para iniciar a vacinação desse público o quanto antes. “O certo é o Ministério da Saúde colocar (a estratégia de vacinação para esse grupo) no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19). Espero que não demore 30 dias, que essa manifestação (do governo federal) seja ágil, pois os pais, em maioria, querem vacinar suas crianças”, destacou André Longo.
Por JC Online