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Alunos do IFPE de belo jardim iniciam campanha de incentivo à doação de órgãos

Campanha foi criada por duas turmas do curso técnico integrado de agronomia com apoio de vários professores da instituição

Reprodução/ Facebook IFPE

Duas turmas do curso técnico integrado de agronomia do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) de Belo Jardim, no agreste do estado, desenvolveram um projeto de sensibilização e incentivo à doação de órgãos e tecidos.  

A campanha, que é coordenada pela professora de inglês Tatiane Valério, tem o objetivo de desmistificar algumas mentiras sobre a doação e esclarecer sobre a importância que a doação de órgãos tem sobre a vida das pessoas que estão na fila de espera.  

“A gente pensou em criar uma campanha de sensibilização e incentivo à doação de órgãos e tecidos, junto com a comunidade interna do IFPE e também em uma maneira que pudesse atingir a população como um todo”, disse Tatiane. 

“Eu particularmente tenho dois motivos para trabalhar essa temática. Um motivo é pessoal porque eu já fiz a doação de órgãos da minha primeira filha e vivenciei de perto essa realidade e vi o quão feliz as famílias que receberam os órgãos ficaram”, relatou a professora sobre a possibilidade de salvar vidas com apenas um ‘sim’. 

No projeto os alunos derrubaram alguns dos principais mitos acerca da doação, que estão relacionados com a falta de informação sobre o processo. “O primeiro deles está ligado a ideia de que caso o doador sofra algum acidente a equipe médica não vai se esforçar para salvar a vida dele e isso não é verdade”, esclareceu uma das participantes do projeto e que veio como representante das turmas participantes, a aluna Madalena.  

Outro mito comum explicado pelos alunos é de que os órgãos podem ser retirados de um doador vivo, mas a doação só é feita em casos comprovados de morte encefálica, quando o cérebro morre e é um estado irreversível.  

As alunas também explicaram que existem dois tipos de doadores: O doador vivo, que ode doar parte de órgãos como fígado, pâncreas, intestino, rim, pulmão e ainda medula óssea e sangue.  

O doador cadáver por morte encefálica pode doar fígado, rins, pâncreas, coração, vários tipos de veias e vasos, córneas, pele e ossos. Já quando ocorre morte natural só é possível doar veias, pele e ossos, pois são órgãos que não necessitam de oxigenação. 

“As pessoas terminam se prendendo a certas crenças, que atrapalham muito a vida de quem está na fila de espera para um transplante”, completou a professora, alertando que atualmente existem 1.336 pessoas na fila do transplante no estado de Pernambuco, “esse número poderia ser muito menor se as famílias dissessem sim quando fossem abordadas”. 

Da Redação

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